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PM´s e Bombeiros ameaçam entrar em greve

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Policiais militares e bombeiros definiram pelo indicativo de greve, caso o governador Blairo Maggi não atenda as reivindicações dentro do novo Estatuto das categorias em discussão na Assembléia Legislativa. O assunto foi tema da assembléia geral de ontem à tarde, no Ginásio Verdinho, no CPA I, que deliberou o ‘aquartelamento’ dos agentes a partir do dia 28 de julho, caso as mudanças feitas no Estatuto da Polícia Militar e Bombeiro Militar pelo Poder Executivo não sejam revistas.

O evento reuniu centenas de militares e entidades em defesa da categoria e deixou clara a intenção em reformular a contra-proposta apresentada pelo Governo do Estado em relação ao ‘conteúdo’ do Estatuto, que tramita na Assembléia Legislativa. Atualmente, o efetivo militar do Estado conta com seis mil homens na ativa, sendo quatro mil deles praças e soldados.

As articulações para entendimento com o governador estão sendo feitas pela Comissão de Segurança Pública da Casa, que tem o deputado Humberto Bosaipo (PFL) e a deputada Vera Araújo (PT) como membros. Ambos estiveram presentes e puderam constatar a revolta da categoria especialmente no tocante a jornada de trabalho que hoje ultrapassa às 70 horas semanais e a revisão do subsídio mensal que lhes é repassado- principais reivindicações.

De acordo com o presidente da Associação de Oficiais da PM e BM, major Conezza, a insatisfação se deve a falta de diálogo entre o Poder Executivo e os agentes militares. Segundo Conezza, há três anos o Estatuto aguarda finalização, mas não tem o aval do governador do Estado. “Queremos resolver as coisas pacificamente. Não estamos aqui para brigar, queremos os direitos da categoria reconhecidos. É justo que a coisa seja feita da melhor maneira possível, beneficiando as duas partes”. O oficial ponderou também outras questões como o número de agentes militares à disposição de outros Poderes, o que dificulta o trabalho do efetivo disponibilizado para fazer a segurança da sociedade civil. “Tudo isso também tem que ser discutido”, completou.

Segundo o deputado Humberto Bosaipo (PFL) devido às frustradas tentativas de conversação junto ao secretário de Estado de Administração, Geraldo de Vitto e ao de Segurança Pública, Célio Wilson, a comissão do Poder Legislativo tomou a decisão de tratar somente com o governador o assunto dessa ordem. O temor é que os policiais, entendendo a falta de boa vontade em negociar com a categoria, delibere uma paralisação no atendimento as ocorrências cotidianas. “Se os policiais ficarem trancados no quartel só atendendo a demanda interna o que vai ser da sociedade? Não ouvir o que os policiais e bombeiros têm a falar pode sair mais caro do que deixar o Estado sem policiais nas ruas e bombeiros para atender as ocorrências”, explicou o parlamentar. Bosaipo viabilizou vários encontros entre as categorias e o Executivo num total de cem horas de negociações. No entanto, o deputado entende que a solução para o impasse depende agora, exclusivamente, do governador Blairo Maggi.

A deputada Vera Araújo ponderou que outros estatutos foram formatados e legalizados neste período, como por exemplo, o da Polícia Civil e do Agente Prisional, enquanto o da PM está entravado. “Acho um desrespeito com esses profissionais que arriscam suas vidas no dia-a-dia e sequer tem suas reivindicações ouvidas”, declarou Verinha.

Para o presidente da Associação de Tenentes e Sub-tenentes da PM, tenente Soares a possível paralisação foi o único recurso que a categoria viu de pressionar o governo a definir de vez, as normas do Estatuto da PM e BM, que esteve tramitando na Assembléia Legislativa, mas foi retirado pelo Executivo, com objetivo de serem feitas readequações. Para isso, Bosaipo tenta agendar uma nova audiência com a categoria e o Executivo.

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