O piloto Paulo Cesar Asoia Bertocini, 30 anos, conhecido como “Paulinho Pium”, desaparecido desde o dia 1º deste mês após decolar do aeroporto de Juína, entrou em contato com a família e disse que foi sequestrado e está na Bolívia. A irmã dele, Andréia Asoia Bertocini, confirmou, agora há pouco, ao Só Notícias, que ele entrou em contato com a mãe, namorada e também com o patrão, o pecuarista e prefeito de Juara, Edson Piovesan, e relatou que está voltando para a cidade.
“Ele entrou em contato com a mãe, namorada e o patrão. Eu não sei o que ele disse para os outros dois, mas para a mãe, ele disse que foi sequestrado mas já foi liberado, que está bem e o pior já passou. Está voltando para o Brasil”, afirmou a irmã. Ela disse que o piloto, no entanto, não deu muitos detalhes sobre o avião que pilotava quando desapareceu e nem como o crime teria acontecido. “Até pela emoção do momento, isso não foi conversado”, completou.
A irmã não soube confirmar ao certo em qual cidade boliviana Paulo está. No entanto, as autoridades já foram comunicadas para as providências necessárias. “Comunicamos as autoridades e esperamos os procedimentos necessários para o retorno dele”.
O delegado Rodrigo Rufatto confirmou, ao Só Notícias, que a irmã procurou a delegacia e comunicou o contato. “Ela esteve aqui hoje cedo e disse que ele entrou em contato, que está na Bolívia e está retornando. Vamos aguardar ele. Logo depois o prefeito Piovesan (de Juara) entrou em contato e disse que ele está em Santa Cruz, na Bolívia”, declarou.
Paulo desapareceu com uma aeronave modelo Cessna, com capacidade para cinco pessoas. Ele manobrou o avião e decolou, supostamente sozinho, do aeroporto de Juína. Depois disso não manteve contato com familiares ou amigos.
A principal hipótese apontada era de sequestro do piloto e roubo da aeronave. Inicialmente, uma informação repassada por uma testemunha ao delegado era a de que o celular de Paulo teria emitido um sinal ao cruzar o estado de Rondônia. Isso fez com que se levantasse a possibilidade do piloto e avião terem entrado na Bolívia. Esta rota seria utilizada por traficantes de drogas para fugirem dos radares.
Conforme Só Notícias já informou, o piloto foi deixado no aeroporto por sua mãe e foi visto por duas testemunhas falando ao celular pouco antes de entrar na aeronave, realizar uma manobra e decolar. Ele iria realizar o transporte de um grupo de pessoas do município para Cuiabá, coisa que não ocorreu. O sistema de rastreamento da aeronave estaria desligado.
A aeronave pertence ao refeito de Juara e estaria avaliada em R$ 1,5 milhão.
(Atualizada às 10h)