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Piloto de avião que decolou do Nortão e pousou em rio no Pará nega ter atirado em passageiro

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: divulgação)

O piloto do avião Piper Aircraft, modelo PA-31, que decolou de Guarantã do Norte, na última quarta-feira, e fez um pouso forçado no rio Jamanxim, perto da comunidade de Jardim do Ouro, zona rural do município de Itaituba, no Pará (900 km de Sinop), Sérgio Vanderlei Becke, alegou não ter atirado no passageiro após ele (passageiro) ter matado a tiros o outro ocupante da aeronave. As informações foram confirmadas, esta tarde, pela assessoria da Polícia Civil do estado paraense, ao Só Notícias.

O piloto afirmou não ter dado qualquer outra versão anterior a policiais militares e que a informação inicial que teria atirado em um dos passageiros teria sido mal interpretada pelos militares que o detiveram enquanto seguia na garupa de um mototáxi para a comunidade de Morais de Almeida. Ele contou que teria dito aos policias que “para salvar a própria vida”, atiraria e, negou, ter declarado a versão inicial reportada em um boletim de ocorrência registrado na Seccional de Itaituba.

No depoimento ao delegado, Becker afirmou que é piloto freelancer e que foi contratado por um homem para pilotar o avião, que pertenceria a um dos ocupantes.  

Segundo consta nas informações da assessoria, a versão do piloto é que ele teria partido de Guarantã do Norte, na quarta-feira, por volta de 12h40. Após uma hora de voo, já na região de Itaituba, os dois passageiros iniciaram uma discussão por causa de valores em dinheiro e após alguns minutos de silêncio, ouviu barulho de disparos e que, ao virar o rosto para trás, viu um deles morto, caído no assento com tiros na cabeça e o outro segurando um revólver. Nesse momento, o piloto alega ter decidido retornar para Mato Grosso. Ainda de acordo com Becker, o acusado teria colocado um pano na cabeça da vítima e o arrastado pelo piso entre as poltronas.

O assassino teria aberto a porta principal do avião, que fica do lado esquerdo e nesse momento, avistado a BR-163 (Cuiabá-Santarém) e as comunidades de Jardim de Ouro e Morais de Almeida. Após isso, o piloto afirma que sentiu um novo desequilíbrio no avião. Foi então que afirma ter visto o homem jogar o corpo do passageiro para fora da aeronave. Após isso, o piloto alegou que entrou em desespero e, temendo por sua vida, decidiu iniciar o pouso de emergência.

Becker afirma ter simulado uma pane na aeronave e, em seguida, avisou o assassino que "havia perdido o motor esquerdo". Por fim, o piloto pousou no leito do rio. Ao perceber que a aeronave afundava, o piloto alega que saiu pela porta de emergência no lado direito do avião, enquanto o acusado permaneceu perto da porta principal aos fundos.

Sergio disse ter ficado sobre a asa direita já submersa, de onde afirma ter visto o homem ser arrastado pela correnteza, não sabendo informar se ele conseguiu chegar à margem do rio. O piloto contou ainda que, após isso, retornou ao interior do avião para pegar sua mochila e uma caixa térmica, que continha gelo e água, e ficou sentado no teto do avião, no aguardo de ajuda. Segundo ele, cerca de 20 minutos depois, apareceu no local uma pequena embarcação de pescadores que o levaram até a comunidade de Jardim do Ouro.

O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.

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