PUBLICIDADE

Pesquisadores da UFMT de Sinop desenvolvem novo detector de anticorpos contra vírus

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Pesquisadores do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Sinop, estão desenvolvendo um ensaio imunoenzimático (ELISA), para a detecção de anticorpos contra o vírus da encefalite de “Saint Louis” (SLEV), uma doença ainda pouco diagnosticada no Brasil, mas que apresenta potencial de impacto significativo na saúde pública. O arbovírus é transmitido por mosquitos do gênero Culex e pode atingir o sistema nervoso central, causando inflamação no cérebro. Os principais sintomas são a febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, estupor, desorientação, coma, tremores, convulsões ocasionais e paralisia espástica.

Estudos estimam que aproximadamente 500 espécies de arbovírus identificados no mundo, cerca de 200 já tenham sido encontradas no bioma Amazônia e desses, pelo menos 40 podem causar doenças em humanos.

O projeto é coordenado pela doutoranda em Biotecnologia e Biodiversidade Ana Lucia Scarpin Ramos, e fomentado pelo governo do Estado, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). A metodologia envolve a clonagem e expressão da proteína NS1 recombinante do vírus, utilizado como antígeno em testes de ELISA para detecção de anticorpos IgG e IgM. O processo segue rigorosos protocolos. O RNA viral é extraído, amplificado por RT-PCR, e a proteína NS1 é clonada e expressa em células de Escherichia coli. Após a purificação, a proteína recombinante é empregada em testes laboratoriais para determinar sua eficácia na detecção de infecções por SLEV.

“Esses processos serão posteriormente validados com amostras humanas previamente processadas, garantindo alta sensibilidade e especifidade. Os resultados esperados desse estudo vão além do laboratório. Um teste diagnóstico eficaz e acessível, como o proposto, pode transformar a forma como as arboviroses são monitoradas e tratadas no Brasil”, afirmou a pesquisadora, através da assessoria.

A equipe de pesquisadores do Laboratório de Imunologia realiza há mais de 10 anos a vigilância humana e ambiental em Sinop e região. “Realizamos testes com amostras coletadas da população nos laboratórios municipais e parceiros, onde conseguimos monitorar o tipo de arbovirose em circulação,  aumentando o controle e um melhor atendimento clínico a população, porque os sintomas das arboviroses  são semelhantes”, afirmou Ana.

O teste de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), é uma técnica de imunoensaio que detecta e quantifica antígenos ou anticorpos usando uma enzima ligada a um anticorpo. Quando essa enzima entra em contato com um substrato específico, ocorre uma reação colorida que pode ser medida, geralmente usa-se um leitor de microplacas.

Conforme a pesquisadora, “ao final da pesquisa, o novo teste será incorporado à rotina de laboratórios públicos se tornando uma ferramenta valiosa. A detecção precoce, o diagnóstico mais rápido e preciso pode evitar subnotificações e minimizar confusões com outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Com um diagnóstico confiável, os profissionais de saúde poderão tomar decisões mais assertivas no manejo dos pacientes, reduzindo complicações e melhorando os desfechos clínicos, contribuindo para o mapeamento da prevalência e incidência do SLEV, além de fornecer dados valiosos para a formulação de políticas públicas e estratégias de controle”.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Colíder licitará compra de UTI móvel para reforçar atendimentos

O poder executivo em Colíder (155 quilômetros de Sinop)...

Sinop: exposição da Polícia Ambiental com animais vivos e empalhados segue até domingo

A exposição “Meio Ambiente em Ação”, organizada pela Polícia...
PUBLICIDADE