O servidores do judiciário e presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, retomam amanhã, as negociações sobre o Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR). Os profissionais retornaram ao trabalho hoje, suspendendo o movimento, até sexta-feira, para “agilizar” o andamento das reivindicações. De acordo com o sindicato da categoria, caso a proposta não seja viável o movimento grevista será retomado.
A assembleia será acompanhada por um representante de cada comarca – Gilmar Pandolfo, de Sinop, Izael Sebastião de Arruda, de Cáceres, Marcos Antônio Detofol, de Tangará da Serra, Neuton Pereira Milhomen, Barra do Garcas, Carlos Roberto Stein Barcelos, de Rondonópolis, Genézio Ovídio de Miranda, de Cuiabá, Francisco Moraes de Oliveira Filho, de Várzea Grande e Kleber Luiz Schor, Alta Floresta.
Segundo levantamento do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), desde o dia 13 de maio, quando iniciou a paralisação, dos 5,5 mil profissionais, cerca de 80% aderiram. O tribunal informou que oficialmente os prazos processuais foram suspensos em 11 das 79 comarcas. São elas Cuiabá, Diamantino, Guiratinga, Jaciara, Poconé, Poxoréu, Primavera do Leste, Nova Mutum, Terra Nova do Norte, Rio Branco e Rondonópolis.
Os profissionais, conforme Só Notícias já informou, deflagraram greve por não haver avanço nas reivindicações. A suspensão do movimento ocorreu na quarta-feira (29) em assembleia geral nas comarcas polos.
Os profissionais querem auxílio alimentação de R$ 900, avaliação das progressões com pagamento já em 2014. Porém, o tribunal alega não ter recursos para atender todas as reivindicações. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315. Segundo o presidente do tribunal, significaria um impacto de R$ 30 milhões este ano, de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.
Os pontos foram cortados desde o dia 13, em função de uma liminar concedida pelo desembargador, Adilson Polegato de Freitas, na segunda-feira (20), que considerou o movimento ilegal e determinou que voltassem ao trabalho. Além de multa diária ao sindicato de R$ 20 mil.
O sindicato informou, por meio de nota, que o departamento jurídico está “tomando todas as providências jurídicas para solucionar a questão”.