“A pedofilia em Sinop é extremamente preocupante. Há casos chocantes”. A declaração é do promotor Nilton Padovan, referindo-se a casos registrados no município. Ele atua na vara da Criança e Adolescência e defende o trabalho conjunto de diferentes instituições com foco a minimizar situações desta natureza. Embora não precise números de vítimas na cidade, o promotor diz que a maioria sofre agressão por entes familiares – pais, padastros, tios, irmãos. “Estamos combatendo isto. Recentemente, saímos com a polícia tentando fechar estabelecimentos que exploram a sexualidade da criança e adolescente”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.
Apesar da operação conjunta, não houve flagrantes. Padovan acrescenta ainda que a maior dificuldade no combate a pedofilia é o baixo número de denúncias. Na maior parcela dos casos crianças ou adolescentes retraem-se temendo represálias dos agressores. “Precisamos que as pessoas nos procurem, em especial as crianças e adolescentes que estejam sendo vitimadas e, se possível, contar com as mães. Muitas vezes ela é omissa e aceita situação por mais absurda que seja”, complementou o promotor.
“O problema é a iniciativa das vítimas. Os fatos quando chegam até nós já estão altamente consumados. Já vem acontecendo há um ano, três, doze, treze anos de agressão. Isto não é um absurdo, mas uma realidade”, acentua. Ainda de acordo com o promotor, às vítimas de pedófilos é garantido acompanhamento, como psicológico e social.