Em sessão regulatória hoje à tarde, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager) definiu a nova tarifa do transporte coletivo intermunicipal de passageiros Cuiabá – Várzea Grande, que passa de R$ 1,95 para R$ 2,20 a partir da zero hora do dia 27 de novembro.
A União Transportes, empresa que possui a concessão para operar no sistema intermunicipal, no aglomerado urbano, solicitou o reajuste de 28,76% sobre a tarifa vigente, que, caso fosse aprovado pela Ager, passaria de R$ 1,95 para R$ 2,51. Para a empresa, contribuíram para a defasagem do valor da tarifa o aumento dos preços dos insumos, dos custos operacionais e de custo resultante das negociações com o sindicato laboral, que visaram à recomposição de salário e demais benefícios aos trabalhadores.
Para chegar ao reajuste de 12,82%, a Coordenadoria de Estudos Econômicos da Ager levou em consideração dados como insumos e dados operacionais; número mensal de passageiros; quilometragem percorrida; Percurso Médio Mensal (PMM); índice de Passageiros Equivalentes (IPK); custos variáveis, que são os coeficientes relacionados diretamente aos gastos da frota e fixos, que são aqueles relacionados ao custo de capital tais como depreciação, remuneração e vida economicamente útil; despesa de pessoal, tributos/encargos, além de pesquisas atuais de mercado para cálculo do reajuste.
De acordo com o relator do processo e diretor Regulador de Energia Elétrica, Pedro Paulo Carneiro Nogueira, além de ser um procedimento legal, o reajuste anual é necessário devido às alterações de custos do setor. “No reajuste deste ano, o que mais pesou foi a inclusão de mais 10 veículos na frota, passando de 82 para 92, e o acréscimo do número de passageiros, que passou de 1.323.415 em janeiro de 2007 para 1.460.490 em janeiro de 2008, o que representa um aumento de 137.075 passageiros“, explicou o relator.
A homologação do aumento da frota ocorreu em função não só do aumento de passageiros, mas, também, do trânsito lento ocasionado pelo congestionamento de Cuiabá, que fez com que a velocidade média do transporte coletivo caísse de 30 quilômetros por hora para uma média de 22. “Então, para não comprometer a freqüência máxima de quatro minutos de intervalo entre um ônibus e outro, tivemos que aumentar a frota para continuarmos oferecendo ao usuário um serviço com qualidade”, complementou Pedro Paulo.
Para o diretor-presidente da União Transportes, Rômulo Botelho, além de avaliar todos os dados que compõem a planilha tarifária, a equipe técnica da Ager ainda considerou as condições da população. “Nós acatamos a decisão da Ager porque sabemos que os estudos sempre buscam o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, sem prejudicar nenhuma das partes”, disse Rômulo Botelho.