A engenheira-agrícola Gabriela Danzer foi uma das sobreviventes do grave acidente envolvendo um ônibus da empresa Rio Novo e uma carreta basculante, registrado, ontem à noite, na BR-163 em Lucas do Rio Verde. Moradora de Nova Mutum, Gabriela embarcou no ônibus com destino a Sinop para passar o Dia dos Pais com a família. Ao Só Notícias, ela detalhou momentos pré e pós-acidente que deixou 11 mortos e dezenas de feridos.
Conforme Gabriela, ela estava sentada na poltrona 27 do lado direito. O ônibus saiu por volta das 20h45 da rodoviária de Nova Mutum e, após cerca de uma hora de viagem, houve a colisão. “Eu só senti o barulho estrondoso, muito rápido, bati com tudo minha cabeça no banco da frente. Abril o olho e vi um monte de caroço de algodão dentro do ônibus. Achei que era parte do revestimento do ônibus, porque era muito caroço de algodão. Muita gente gritando, o ônibus estava partido no meio, gente falando ‘me ajuda, me ajuda’, foi muito apavorante mesmo”, explicou.
“Tentei manter a calma e o colega que estava sentado do meu lado também manteve a calma e tentou trazer tranquilidade para essas pessoas que estavam desesperadas. Ele foi uma pessoa muito corajosa, e ajudou muitas pessoas a descer”, acrescentou.
A engenheira também falou sobre o rápido atendimento das equipes de resgate da Nova Rota do Oeste e Corpo de Bombeiros. “Começou a cheirar combustível e ficamos preocupados. O socorro chegou muito rápido da rodovia, em questões de 5 a 10 minutos já estavam lá. Graças a Deus, o atendimento foi muito rápido. Eles começaram com as vítimas mais graves e pediram para a gente que estava bem ficar aglomerados na lateral do ônibus e o trabalho foi impecável, sempre pedindo quem podia ajudar. Muitos carros pararam para ajudar a tirar as vítimas do segundo andar”.
A passageira informou que sofreu escoriações leves e recebeu alta posteriormente. “Depois que eles conseguiram destinar as vítimas em estado grave, começaram a separar a gente que só tinha escoriações. Fui encaminhada para o hospital de Lucas do Rio Verde, onde fui muito bem atendida”.
Gabriela também relatou sobre uma suposta alta velocidade do ônibus. “Eu não percebi (alta velocidade) como eu faço esse trajeto sempre, entro no ônibus, pego o filme que eu baixei e vou. Faço esse trajeto direto, acaba que não percebo, mas vários passageiros relataram que ele estava correndo muito. Inclusive, o pessoal do ônibus de trás relatou que ele podou eles”, detalhou ao Só Notícias.
Conforme Só Notícias já informou, a Politec apontou, preliminarmente, que foi constatado que o ônibus invadiu a pista contrária e colidiu com a carreta. O trecho possui faixa contínua.
A Politec confirmou até o momento a identificação de sete das vítimas.
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