No próximo dia 29, a crise aérea no Brasil completa um ano. Os transtornos nos aeroportos começaram após o acidente com o Boeing 737 da Gol. A aeronave colidiu com um jato Legacy e caiu em Mato Grosso, matando as 154 pessoas que estavam a bordo. Para falar sobre o assunto, a presidente da Associação de Familiares e Amigos do Vôo 1907, Angelita Marchi, participou de um chat com os internautas do iG, nesta terça-feira. Um ano após a morte de seu marido, Plínio Siqueira, ela conta que “ficou um grande vazio. Todos os planos e sonhos que tínhamos foram destruídos”.
A viúva de Plínio Siqueira, que estava no vôo 1907 da Gol, disse ainda que nunca imaginou estar à frente de uma associação lutando para saber o que causou a morte de seu marido.
Angelita e outros parentes de vítimas do acidente da Gol têm trabalhado para descobrir quem foram os responsáveis pelo acidente. “Entramos com um mandato de segurança no STJ para acompanhar as investigações da Polícia Federal, enviamos ofício ao Ministério da Defesa Civil, ao Ministério da Justiça, ao Ministério dos Direitos Humanos, ao presidente da República, Aeronáutica e a muitos outros órgãos”, conta.
Segundo Angelita, “estamos (parentes das vítimas) convencidos de que os maiores responsáveis pelo acidente foram os pilotos norte-americanos, que agiram com muita irresponsabilidade”.
Ainda de acordo com a presidente da associação, a maioria dos familiares entrou com ações nos Estados Unidos para ter ações concluídas num prazo máximo de três anos.
Para o dia 29 de setembro, os familiares das vítimas da tragédia da Gol organizam uma homenagem aos pilotos da companhia aérea, que comandavam o Boeing 737. “Consideramos os pilotos heróis. Eles fizeram tudo o que puderam para evitar a tragédia até o último minuto e este é o momento certo para serem lembrados”, declara Angelita.