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Operação ambiental afeta economia e gera desempregos no Nortão; prefeitura busca alternativas

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A economia de Claudia (80 quilômetros de Sinop) já sente os primeiros reflexos da operação Fluxo Verde, desencadeada semana passada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), resultando nas prisões de 8 pessoas, donos ou responsáveis por madeireiras e pessoas ligadas ao segmento, uma das bases econômicas. O prefeito João Batista (PSD) destacou, ao Só Notícias, que o momento "é preocupante", já que com a suspensão do funcionamento de empresas da área, funcionários ficaram desempregados e ainda aguardam também o recebimento dos dias trabalhados.

O gestor não escondeu preocupação de que a situação piore. “O momento é  extremamente preocupante pois realmente o número de desempregados é grande. Espero que as madeireiras possam ser reabertas o mais breve possível. Logo começa a dar impacto no comércio também. O medo maior é que a situação piore, pois os funcionários precisam receber seus salários do mês trabalhado. Toda a cidade está sentindo os efeitos desta operação. O que a gente quer é que isso se resolva o mais breve possível”.

Batista apontou que tem buscado apoio político para amenizar a situação. “Já estivemos em Cuiabá pedindo apoio de nossos representantes na Assembleia e no governo, mas hoje a discussão está no âmbito jurídico. Vamos ter que aguardar a definição do TJ (Tribunal de Justiça) sobre cada situação. Todos os envolvidos são pessoas de bem que tem contribuído e muito para o desenvolvimento de Cláudia”.

O prefeito afirmou  que parte do setor madeireiro deve continuar na ativa, com projetos em andamento, mas ressaltou que ações paralelas vem sendo tomadas para amenizar os reflexos da operação. “No município tem vários planos de manejo florestal que podem manter a indústria madeireira, por um bom tempo ainda. Espero que as madeireiras sejam fiscalizadas, mas não fechadas. Para gerar novos empregos temporários estamos fazendo o cadastro de pessoas para trabalharem na obra da UHE  (Usina Hidrelétrica de Energia) Sinop na construtora, que vai necessitar cerca de 3.500 empregados”.

A médio prazo, o gestor ainda ressaltou estar em andamento as discussões relativas a um distrito industrial, para fomentar a geração de renda, em alternativa ou complementação ao setor madeireiro. “Estamos negociando a  uma área para novo setor industrial. Oferecendo inclusive junto com a Câmara Municipal  incentivos fiscais para novas empresas, que queiram se instalar em Cláudia”.

Conforme Só Notícias já informou, as madeireiras tiveram as atividades paralisadas até a contagem dos produtos florestais estocados em seus pátios. O trabalho é feito por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos  Naturais Renováveis (Ibama), que ainda estão aferindo as toras e para depois comparar com a quantidade declarada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

As investigações iniciaram há quatro anos pela Dema para apurar denúncias de crimes ambientais cometidos em uma propriedade de terra, de 27 mil hectares no município de União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada Maria Alice Amorim, dias depois à operação.

De acordo com a delegada, de 2012, a Dema instaurou 12 inquéritos policiais, mas ainda não havia causado efeito na repressão aos furtos, mesmo depois da prisão de mais de 20 pessoas, apreensão de cerca de 1.200 metros cúbicos de madeiras, 29 caminhões, tratores, motosserras e outras ferramentas apreendidas na fazenda de floresta nativa, que vem sendo loteada por quadrilhas que se beneficiam da madeira extraída ilegalmente.

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