Onze ladrões de veículos, traficantes de drogas e armas que aterrorizaram a cidade de Cáceres foram condenados, nesta semana, pelo juiz da Primeira Vara Criminal da Comarca, Jorge Alexandre Martins Ferreira. As penas variam de três a 14 anos de reclusão.
O sistema criminoso era hierarquizado, cada um tinha uma tarefa. Entre os réus havia os que forneciam armas, os assaltantes, os receptadores – que escondiam os objetos roubados – os que trocavam as motocicletas, caminhonetes e caminhões furtados por drogas na Bolívia, e os que abasteciam as "bocas de fumo".
A quadrilha foi desarticulada pela "Operação Boca Nervosa". As investigações ocorreram entre outubro de 2011 e outubro de 2012. O representante do Ministério Público que propôs a ação penal destacou ser impressionante constatar a verdadeira frota de veículos receptados e roubados pelo grupo criminoso e a quantidade de entorpecentes comercializada durante um ano de investigação.
Apenas dois dos 13 denunciados pelo MP foram inocentados. A primeira foi Kelly Cristhiane de Arruda, esposa de um dos condenados. Ela era acusada de ocultar veículos roubados e drogas em sua residência. O segundo foi o ex-funcionário do Ciretran, Antonio Soares Mota. Ele havia sido acusado de receber propina para liberar uma moto apreendida. Se tivesse sido comprovado, este tipo de conduta irregular caracterizaria crime de corrupção passiva. Eles foram absolvidos por falta de provas.