Permanece em estado grave a onça-pintada resgatada no início desta semana, durante uma operação de combate ao incêndio no Pantanal. A fêmea está internada no Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), para tratamento de queimaduras e outras consequências do incêndio.
Esta manhã, ela foi sedada, teve os curativos trocados e recebeu soro. Segundo a assessoria da UFMT, também foram aplicados analgésicos e um antibiótico de última geração. Ainda assim, o último exame de sangue não mostrou melhora no quadro.
O animal, de aproximadamente, 70 quilos foi resgatado pelas equipes que atuam na região da estrada-parque Transpantaneira (MT-060), no município de Poconé. A onça apresentava sinais de queimaduras nas quatro patas. Para fugir da fumaça e do fogo, o animal procurou abrigo na casa de um pantaneiro.
Com o apoio de médicos veterinários, o felino foi sedado e recebeu os primeiros socorros. Além das queimaduras de terceiro grau, a onça-pintada havia inalado muita fumaça e apresentava grave desidratação com possíveis alterações renais.
O transporte de Poconé a Cuiabá, realizado com apoio da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), foi acompanhado pelo Comitê o Fogo, Corpo de Bombeiros Militar e equipe de médicos veterinários da UFMT. Após o tratamento, a onça será devolvida ao seu habitat natural.
De acordo com dados do Centro Integrado Multiagências (Ciman), cerca de 352 mil hectares da porção mato-grossense da maior planície alagável do planeta já foram atingidos pelo fogo. No dia 7 deste mês foi lançada a Operação Pantanal II com o objetivo de controlar os incêndios. Em campo, mais 134 pessoas estão atuando no combate ao fogo.
São 38 bombeiros militares de Mato Grosso e 12 de Mato Grosso do Sul. Do governo Federal atuam oito militares da FAB e 23 da Marinha, além de 14 brigadistas do ICMBio. Um empresa disponibilizou 39 funcionários, sendo quatro em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso.