PUBLICIDADE

Onça ferida em incêndio no Pantanal de Mato Grosso volta a ser avistada por pesquisadores

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Ampara Silvestre e Panthera Brasil voltaram a avistar uma das onças feridas nos incêndios do Pantanal mato-grossense em 2020. “Ousado”, como foi chamado o animal macho, teve as patas queimadas na ocasião.

“Recebemos a informação de que ele poderia estar com as patas queimadas, assim como outras onças da região devido aos incêndios”, diz o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap-ICMBio), Rogério Cunha. O coordenador conta que este foi um dos principais objetivos durante o incêndio, visto que em 2020, houve diversas ocorrências de onças com as patas queimadas.

A busca por Ousado durou três dias e foi baseadas em informação prévia obtida pela coleira de monitoramento. O grupo estabeleceu uma área de busca e colheu informações de quem estava em campo. A equipe soube que um guia viu Ousado no último sábado e começou a mapear a área.

Os pesquisadores avistaram a onça em uma das praias que margeiam o rio. Eles confirmaram que uma das patas dianteiras do felino estava, de fato, inchada e com uma leve escoriação. “Não tem nenhuma ferida grave, nada que comprometa a sobrevivência dele. Este ferimento pode ser de caça, de briga ou de uma queimadura”, diz Cunha.

Ele ainda acrescenta que Ousado aparenta estar saudável, o que faz com que ele tenha ainda mais chances de se recuperar sem qualquer intervenção. O animal foi resgatado no dia 11 de setembro de 2020 com queimaduras de terceiro grau nas patas devido ao incêndio que atingiu a região à época. Ousado recebeu um tratamento inovador à base de células-tronco no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás. A recuperação do felino foi satisfatória e pouco mais de um mês depois, ele foi solto na natureza.

Neste evento, foi estabelecido um grupo para cuidar do monitoramento dos animais afetados e procedimentos para resgate. Este esforço reúne profissionais do Instituto Chico Mendes de Conservação, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA-MT), Grupo de Resgate a Animais em Desastres (GRAD), Ampara Silvestre e Panthera Brasil

Até o momento, os pesquisadores já fizeram o resgate de uma ema, uma cabeça-seca, dois ouriços e um lagarto. Eles permanecem em campo para realizar o monitoramento e a contagem de animais mortos nas áreas queimadas.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Avião cai, pega fogo e piloto morre no Nortão

Uma aeronave agrícola de pequeno porte caiu, esta manhã,...

Pesquisadores desenvolvem software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

Projeto que está em desenvolvimento pelo Laboratório de Pesquisa...
PUBLICIDADE