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Oito obras da copa com “correm risco” de não cumprimento de acordo entre TCE e governo

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Dos 22 Termos de Ajustamento de Gestão (TAGs) firmados entre o Tribunal de Contas (TCE) e governo visando a retomada das obras da Copa, oito correm "risco concreto" de não cumprimento e de rescisão contratual. Um está em situação de "grande risco" de não cumprimento e de rescisão contratual e um já está com o processo de rescisão em andamento (TAG não cumprido – Trincheira do Santa Rosa). As informações constam do relatório divulgado pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do cumprimento dos TAGs das obras da Copa, coordenada pelo conselheiro substituto, João Batista de Camargo.

O relatório é resultado de duas fiscalizações realizadas nas 22 obras que são objeto de TAGs pelos membros da comissão do TCE, que saíram a campo acompanhados do secretário adjunto de Obras da Secid e dos fiscais e engenheiros das empresas contratadas. A primeira inspeção ocorreu nos dias 25 e 27 de outubro. Porém, com a troca de comando da Secid, em 10 de novembro, ficou acertado entre o novo secretário, Wilson Santos, e o presidente da comissão do TCE-MT, conselheiro José Carlos Novelli, que seria realizada nova inspeção nas obras, o que ocorreu nos dias 23 e 24 de novembro.

O risco de descumprimento dos TAGs e de rescisão dos contratos estaria diretamente relacionado à inadimplência, por parte das empresas, das obrigações contratuais. Conforme o coordenador da comissão, conselheiro substituto João Batista, no relatório anterior, emitido em agosto deste ano, a Secid informou a intenção de instaurar processo de rescisão contratual contra algumas empresas contratadas. "De acordo com os relatórios situacionais enviados pela Secid, alguns contratos apresentaram evolução muito baixa ou nada evoluíram desde a emissão do último relatório, há quatro meses", destacou o conselheiro substituto, referindo-se ao conteúdo dos relatórios emitidos pela Secid nos meses de julho a outubro deste ano.

Um exemplo citado no relatório diz respeito ao contrato para construção do Centro Oficial de Treinamento (COT UFMT), que entre junho e outubro deste ano apresentou apenas duas medições, no valor de pouco mais de R$ 90 mil, considerado pequeno para o porte da obra e para o saldo contratual existente. Já os contratos de restauração da avenida Oito de Abril e TI/Telecom da Arena não apresentaram medições após o início do TAG, ou seja, não tiveram nenhuma evolução.

Conforme o relatório, o contrato de duplicação da avenida Arquimedes Pereira Lima – Estrada do Moinho também apresenta problemas. Desde o início do TAG não houve qualquer evolução e a obra ainda possui várias patologias. Uma delas é o fato do consórcio ter finalizado a execução dos serviços de controle tecnológico para identificação da causa da deterioração das camadas do pavimento no trecho, mas não ter apresentado os resultados dos ensaios à Secid até a emissão do último relatório situacional.

No entanto, o coordenador pondera que há que se avaliar todo o contexto para se rescindir um contrato de execução de obra pública, como a realização de uma nova licitação, a questão da imputação de responsabilidades, entre outras questões relevantes.

O relatório da comissão do TCE reproduz trechos dos relatórios situacionais emitidos pela Secid, em que aquela secretaria reporta diversos e reiterados problemas encontrados nas obras, tais como atraso no cronograma, baixa capacidade operacional das empresas, morosidade na apresentação de documentos comprobatórios de serviços, embaraços ambientais, entre outros. O relatório também elenca as medidas de gestão adotadas pela Secid, com o intuito de solucionar os diversos problemas existentes.

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