Oficiais de Justiça de Mato Grosso estão paralisando o cumprimento de intimações, mandados de prisão e despejo, que tramitam na Justiça gratuita. Ontem, na capital, servidores paralisaram, reivindicando subsídios para trabalhar, entre eles a melhoria no valor pago pelo vale transporte.
Em Sinop, maior cidade da região, o número de ações cumprido por cada oficial foi limitado. Apenas três, que correspondem a R$100, valor pago pelo Tribunal de Justiça, estão sendo liberadas. Já os serviços na Justiça comum são mantidos.
Só Notícias apurou que em Sorriso, Nova Mutum e Alta Floresta ainda devem ser organizadas reuniões para definir se vão aderir ao movimento. Eles também aguardam um posicionamento do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), que negocia com o governo. Em Sorriso são 14 trabalhadores, em Alta Floresta 10 e em Mutum outros 4.
Em todo Estado, estima-se que os cerca de 600 servidores cumprem, em média, 200 diligências gratuitas. Por cada intimação e mandado ligado à Justiça Comum, recebem R$33, em cada saída do fórum. Muitos reclamam que as despesas tornam-se maiores que o valor pago.
Ontem, o sindicato ingressou com um mandado de segurança com pedido de liminar pedindo 15% de incorporação no subsídio a título de auxílio transporte e mais R$ 1,5 mil na ajuda para cumprimento das diligências. Entretanto, foi negado pelo desembargador Donato Fortunato Ojeda, que pediu mais informações ao sindicato.