
Os professores e técnicos continuam analisando a ocorrência. "Há falhas geológicas, fraturas rochosas na região Norte e essas acomodações da terra são pequenas. Quando ocorrem, as pessoas sentem a terra tremer", explica George. "Não é possível prever quando vai ocorrer novamente. Existe a possibilidade de ocorrer. É remota, mas pode acontecer", acrescentou. O professor explicou que não há motivos para os moradores se preocuparem.
"Escutei um barulho parecido com um trovão e a terra tremendo. Durou alguns segundos e me assustei. Eu estava no quarto quando ocorreu", descreveu, ao Só Notícias, a funcionária pública em Tabaporã, Maria Aparecida Flores, 30 anos. Ela recorda que em 2005 houve tremor. "Aquele foi mais forte", disse.
Não há registros de danos materiais em Tabaporã e Porto dos Gaúchos. O Observatório de Sismologia continua 'monitorando' a região de Porto dos Gaúchos constantemente pois mantém uma base de pesquisas e analisa as ocorrências registradas.
Este é o segundo tremor de terra no país em 2015. Em Tunas do Paraná (PR), foi no dia 5 de janeiro, com magnitude de 3,5. Na região Norte de Mato Grosso, houve alguns tremores de terras, em anos anteriores, sem vítimas. Em Porto dos Gaúchos, em 2009, a magnitude foi de 2,8 e em 2006, foi de 2,6. Em Santa Cruz do Xingu, próximo a divisa com Pará, a terra tremeu em 2009, com magnitude de 3,5. Em 1998, o tremor foi maior chegando a 5,2 graus. Mato Grosso é o segundo Estado com maior número de ocorrências. Foram 1.304 registradas até agora. Minas Gerais tem maior número 2.598. Em terceiro está o Rio Grande do Norte, com 1.245, de acordo com o observatório.


