domingo, 19/maio/2024
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Obras da UTI pediátrica do Hospital do Câncer são retomadas em Mato Grosso

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Após um ano de paralisação, as obras de construção da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCan) foram retomadas esta semana. De acordo com a coordenadora de desenvolvimento institucional do HCan, Silvia Negri, o atraso no projeto da UTI Pediátrica, que deveria ter sido entregue em dezembro de 2016, ocorreu devido à burocracia. Agora, dentro de 120 dias, a expectativa é que o novo setor deve ficar pronto.

“Os recursos para a obra, cerca de R$ 800 mil, já estão na conta, porém quando iniciamos a obra em 2016 recebemos a visita da Sociedade Brasileira de Pediatria que fez sugestões ao projeto. Acatamos para um bem maior e tivemos que adequar a proposta inicial. As alterações foram encaminhadas para aprovação pelo Instituto da rede de fast food que libera o recurso”, explicou a coordenadora.

Silvia lembra que a demanda por uma UTI para atender crianças e adolescentes até 18 anos vem desde 2005, quando o setor de pediatria oncológica foi instalado no HCan. Mas o sonho começou a sair do papel em 2012, com os primeiros esboços do projeto. A nova unidade irá permitir que o HCan forneça o tratamento integral a este público. “Aqui temos o ambulatório em que realizamos a consulta e o diagnóstico de câncer. O espaço da Família e faltava a UTI, pois quando nossos pacientes precisam ser transferidos para a UTI tínhamos que recorrer à Central de Regulação e encaminhá-los para outro hospital, perdendo o vínculo com nossa equipe”, lembra.

A UTI Pediátrica está sendo construída no espaço onde funcionava o antigo auditório. Em uma região central do hospital, o que demanda certos cuidados, pois a unidade não parou de funcionar. Na parte de baixo está a UTI adulta. Assim que a obra for concluída, serão instalados 10 leitos. A expectativa é que cada um custe em torno de R$ 170 mil. “O valor total é de R$ 1,7 milhão para equipar todos os leitos. Estamos trabalhando em várias frentes para que a UTI comece a funcionar ainda este ano”, informa ao citar parceria com uma associação de produtores para esta finalidade.

A demanda por leitos de UTI pediátrica é antiga em Mato Grosso, pois Cuiabá e Várzea Grande têm apenas 3 hospitais que possuem este tipo de oferta para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). E os pacientes que enfrentam o câncer na infância precisam de uma UTI disponível diuturnamente porque a condição imunológica das crianças é mais delicada que a dos adultos, ficando suscetíveis a qualquer tipo de contaminação ou intercorrências dos sintomas que precisam dos cuidados oferecidos em uma unidade intensiva. A pequena Mariana Pompermai, de 6 anos, enfrentou uma leucemia aos 3 aninhos.

Em 2016 a menina precisou ficar internada em uma UTI por conta de uma pneumonia e só conseguiu vaga no Pronto-Socorro de Várzea Grande. “Ela ficou internada 25 dias, graças a Deus hoje está bem”, conta a mãe da menina, a dona de casa Jossoelma Silva, 40. “Se a UTI daqui estivesse pronta ela seria internada aqui mesmo, não precisaria passar pelo estresse de estar em um local desconhecido”, analisa.

Jossoelma mora com a família em Comodoro (644 km de Cuiabá). Lembra que descobriu a doença quando a filha quebrou a perna sem motivo aparente, reclamava de dor abdominal, era pálida, tinha febre e manchas arroxadas pelo corpo. O médico do município encaminhou para Cuiabá e por 2 anos ficou vivendo na Capital enquanto a filha se tratava no HCan.

Agora, 3 anos depois, a menina está sem medicação e faz o acompanhamento médico a cada 3 meses. Quem vê a menina com os cabelos longos e o sorriso lindo no rosto não imagina que ela já ficou carequinha por causa da quimioterapia. Hoje, com orgulho, veste a camiseta da campanha que arrecada recursos para a manutenção do Espaço Família, construído há 2 anos para atender pacientes que vem do interior, como ela e a mãe.

Silvia Negri lembra que as parcerias são fundamentais para a manutenção do hospital, que é filantrópico. No ano passado, 497 crianças e adolescentes foram atendidos pelo HCan, sendo que 82 foram novos casos da doença que chegaram à unidade. Este será o sexto ano de parceria do Hcan com a rede de fast food. Pelo convênio, as vendas do sanduíche Big Mac, no dia 26 de agosto, serão revertidas para a entidade, exceto o imposto. Cerca de R$ 100 mil são carimbados e destinados para a manutenção do Espaço Família. O restante pode ser usado em outros projetos, mediante aprovação do Instituto. “Uma das propostas é usar parte dos recursos para reformar a ala de internação, que passou por obras pelo última vez em 2007”, comenta.

A coordenadora destaca que empresas podem colaborar como patrocinadores de camisetas da campanha, que são vendidas a R$ 25 cada. Outra forma é a compra dos tickets do sanduíche para serem trocados no dia do evento. “Temos 8 mil tickets para vender. As pessoas podem comprar antecipadamente e no dia ir trocar em uma das lojas, ou ainda doar para instituições carentes. São várias formas de colaborar com a causa e todas bem-vindas”.

Interessados podem se informar pelos telefones 3648- 7540/7567 e e-mail di@ hcancer.com.br.

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