O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT), Maurício Aude, se posicionou contrário ao movimento grevista dos servidores do Poder Judiciário mato-grossense. Eles paralisaram as atividades por 22 dias. Aude disse que a entidade está à disposição para fazer a intermediação, caso necessário, entre a direção do Tribunal de Justiça e o sindicado da categoria.
"Os advogados e advogadas de todo o Estado estão preocupados com as consequências dessa greve já que as unidades judiciais sofrem sérios problemas de falta de juízes, servidores e morosidade processual. Não tivemos outra saída, a não ser solicitar a suspensão do prazo nas comarcas que aderiram à greve para ter um mínimo de segurança jurídica".
Conforme Só Notícias já informou, amanhã, o presidente do tribunal, Orlando Perri, e os servidores retomam as negociações. Os servidores devem um voto de confiança a direção do tribunal e retomaram as atividades normalmente hoje. No entanto, o estado de greve permanece. Caso as conversas não evoluam, a paralisação pode ser retomada.
Os profissionais querem auxílio alimentação de R$ 900, avaliação das progressões com pagamento já em 2014. Porém, o tribunal alega não ter recursos para atender todas as reivindicações. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315. Segundo o presidente do tribunal, significaria um impacto de R$ 30 milhões este ano, de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.
Os pontos foram cortados desde o dia 13, em função de uma liminar concedida pelo desembargador, Adilson Polegato de Freitas, na segunda-feira (20), que considerou o movimento ilegal e determinou que voltassem ao trabalho. Além de multa diária ao sindicato de R$ 20 mil.