A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) participa da reunião da comissão nacional de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para tratar dos assuntos referentes à chacina ocorrida no distrito de Taquaruçu do Norte, em Colniza. O encontro será hoje no salão paroquial da igreja católica de Colniza.
O crime ocorreu no dia 19 deste mês. Segundo a perícia, todos os corpos apresentavam marcas de violência e sinais de tortura. Alguns dos corpos foram amarrados e outros decapitados, além de apresentarem marcas de enxadadas e facadas, não apenas de tiros. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos duas vítimas foram assassinadas a golpes de facão e o restante por tiros de uma arma calibre 12.
A Polícia Civil informou que as investigações das Forças de Segurança sobre os nove assassinatos estão avançando e caminham para a identificação dos autores e dos mandantes dos homicídios. A força-tarefa tem 50 agentes públicos na região trabalhando na investigação. Detalhes do andamento das investigações, no entanto, ainda não podem ser divulgados por questão de segurança e para não atrapalhar as ações de inteligência que estão em curso na região.
"Quando as informações chegaram ao conhecimento do sistema de segurança pública do Estado, enviamos imediatamente Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros e peritos das cidades de Colniza e Juína até a localidade. Eles chegaram lá na madrugada de sexta-feira, sob forte chuva, o que dificultou ainda mais o acesso à gleba", disse o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Para chegar até Colniza, sede do município onde ocorreram os crimes, é necessário percorrer 1.065 km partindo de Cuiabá. Em Colniza, é preciso se deslocar cerca de 200 km até o distrito de Guariba e mais um trecho de caminhonete e de barco, que pode durar cerca de oito horas, até chegar à localidade de Taquaruçu do Norte. "Só existe um acampamento com barracas de lona. Não existem nem casas de alvenaria".