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OAB denuncia abusos em curso de formação para Batalhão de Força Tática

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A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Betsey Polistchuk de Miranda, expediu, ontem, ofício ao comandante geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino de Farias, denunciando práticas abusivas cometidas por instrutores do curso de formação para o Batalhão de Força Tática, ministrado em Várzea Grande.

A advogada informou que foi procurada por pais que estavam com medo de denunciar, mas acreditavam que seria necessária uma medida urgente, por isso, a procuraram. Após ouvir os relatos, Betsey informou no documento que os soldados são obrigados a mastigarem um pedaço de carne e a passarem para os alunos subsequentes, sendo que o último da fila deve ingerir o alimento.

Como se não bastasse, são colocados em quarto e submetidos aos efeitos de gases lacrimogênios e de pimenta, sem contar os exercícios que praticam até a exaustão, os quais começam de manhã, mas não têm hora para terminar, e as constantes humilhações por meio de agressões verbais de toda natureza.

"No começo o grupo era composto por 100 alunos e hoje conta com apenas 30. O tenente instrutor deve ter esquecido do que aconteceu em Cáceres e no Lago do Manso. Fora as mortes ocorridas, o que dá medo nos pais é verem seus filhos transformados em criaturas ferozes, pois ensinamentos desta natureza criam seres que desconhecem limites e, via de consequência, acabam por enodoar a farda que vestem", declarou Betsey.

Ainda de acordo com a presidente da CDH, a intenção é requer providências imediatas visando à cessação de todo e qualquer excesso, bem como das agressões morais.

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