O presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, Luiz da Penha Corrêa, disse, por meio da assessoria, que vai buscar a garantia dos direitos previstos no Estatuto da Advocacia e da OAB à advogada presa nesta segunda-feira (4) em uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), em Comodoro. A profissional seria levada para o Presídio Feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, porém, no final da tarde foi encaminhada para o 1º Batalhão da Polícia Militar, atendendo ao pedido da seccional.
O vice-presidente do TDP, Ademar Santana Franco; a secretária-adjunta Fabiane Battistetti Berlanga; e os membros Eduardo Guimarães e Everaldo Batista Filgueira Júnior protocolaram na coordenação do Gaeco e na Corregedoria-Geral da Justiça um ofício para exigir o cumprimento da prerrogativa, que diz: é direito do advogado "não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar".
De acordo com a assessoria, no Tribunal de Justiça, os advogados foram recebidos pelo juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça, Gilberto Giraldelli, que contatou o juízo que expediu o mandado de prisão preventiva. Ainda há um mandado expedido para outra advogada, conforme informações do Gaeco. O Tribunal de Defesa das Prerrogativas da OAB/MT também solicitou a cópia integral do Inquérito Policial para verificar quais as acusações que pairam sobre as advogadas e, em caso de suspeita de falta ética, remeterá o caso para o Tribunal de Ética e Disciplina da Seccional. O TDP acompanhará de perto toda a tramitação.
Conforme Só Notícias já informou, a advogada foi presa, esta manhã, suspeita de envolvimento com integrantes de uma quadrilha de roubo a bancos, na modalidade "novo cangaço", que assaltou duas agências bancárias no município de Comodoro, em outubro do ano passado.
Em outubro do ano passado, bandidos armados aterrorizaram moradores de Comodoro. Eles invadiram duas agências, fizeram reféns e fugiram levando malotes com o dinheiro roubado. Um mês após o crime, os mentores do roubo foram mortos em confronto com a polícia.