O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou ontem que a área desmatada em março foi de 145,7 quilômetros quadrados, de acordo com o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter). E aponta uma redução de 80% em relação a fevereiro, quando o Deter contabilizou 725 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas.
Com 112,4 quilômetros quadrados de novas áreas devastadas, Mato Grosso responde por 77% dos desmatamentos registrados pelo Deter no período, apesar da redução de 82,4% em relação a fevereiro.
Até o ínicio de abril, a Operação Arco de Fogo havia aplicado R$ 31,3 milhões em multas e apreendido 25,8 mil metros cúbicos de madeira em toras e serrada nos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia – bases da ação integrada da Polícia Federal, Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Força Nacional de Segurança.
O Deter fornece dados sobre a cobertura vegetal da região para alertar as autoridades, a fim de agilizar a fiscalização. A consolidação dos dados é feita por outra metodologia, o Programa de Cáulculo de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que define as taxas de desmatamento e é divulgado no segundo semestre de cada ano.
A operação do Ibama e Polícia Federal, que continua na região Norte de Mato Grosso, foi desencadeada nos dados do Inpe de aumento nos desmates no ano passado e foram duramente criticadas pelo governador Blairo Maggi e classificados de “mentirosos”.