A desistência de uma testemunha de acusação e a designação de uma nova testemunha de defesa poderá dar novos rumos ao processo de latrocínio do empresário madeireiro Ernane Zambiazzi. No último dia 29, o juiz criminal João Manoel Guerra ouviu uma testemunha de acusação e quatro testemunhas de defesa dos acusados Cristiano Fiorezi e Josevan Dias.
A testemunha de acusação confirmou que notou durante o velório do empresário a presença de um jovem que agia de modo estranho. Ela reconheceu por foto, como sendo o acusado Cristiano Fiorezi. Já as testemunhas de defesa, que trabalham na mesma empresa que os acusados na época do crime, informaram horários de trabalho e como era feito o controle de presença dos funcionários.
Uma das testemunhas mais contudentes foi a do eletricista João Gomes de Ascensão, que trabalhava junto com Josevan Dias. Ele afirmou que no dia da morte do empresário, trabalhou com o acusado na região conhecida como Quarta Parte durante todo o dia e isso poderia ser comprovado na planilha de operações que os funcionários entregam para a Rede Cemat. Disse ainda que mantiveram contato, inclusive o acusado Josevan, com uma pessoa da Cemat, via rádio.
A Justiça designou para o dia 20 de outubro o depoimento dessa testemunha que teria falado com o acusado, via rádio.
Relembre o caso: O empresário foi morto no dia 16 de janeiro deste ano, logo depois de sair de uma agência bancária de onde tinha sacado R$5 mil. Ele estava chegando em sua residência quando foi abordado pelos dois assaltantes. Um deles, que estava como passageiro na moto, não usava capacete. Depois de anunciar o assalto, acabou disparando contra o empresário que acabou morrendo a caminho do hospital.
Em março, a polícia fez uma batida na casa onde os acusados residiam e encontrou armas, drogas e jóias. Quando apresentados, eles foram reconhecidos por testemunhas do latrocínio. De acordo com as testemunhas, Josevan pilotava a moto e Cristiano, que estaria sem capacete, teria atirado em Zambiazi.