O reajuste de 8% no salário para os empregados rurais de Nova Mutum, cobrado pelos representantes da categoria durante convenção coletiva, ontem, só será definido no dia 26, quando prosseguem as negociações. O segmento patronal oferece um reajuste máximo de 6,5%, considerando o percentual da inflação no período. Caso as partes não cheguem a um acordo, poderá haver intervenção da Justiça do Trabalho, através de dissídio coletivo (ações ajuizadas no Tribunal para solucionar conflitos entre as partes coletivas).
Conforme Só Notícias já informou, o reajuste de 8% significaria um salário base de R$ 671 a partir do dia 1º de julho. A proposta é de que o percentual incida também no reajuste do mínimo, programado pela Presidência da República para janeiro de 2013. De acordo com João Paulo Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, mais de 500 empregados rurais participaram das reuniões pré-assembleia, realizadas no decorrer de maio, para definir as reivindicações.
Outro ponto cuja definição só será dada na terça-feira, diz respeito ao banco de horas. Os empregados estão reivindicando que o mesmo seja pago em até 4 meses e que apenas 30% das horas extras fiquem no banco e os 70% restantes sejam pagos junto com o salário mensal. Hoje, é meio a meio, com pagamento do acumulado só em 6 meses (em dinheiro – com acréscimo de 50% – ou em folga). Os empregadores não concordam com a exigência.
Com relação aos demais pontos negociados, a exemplo do pagamento das horas, situação de alojamentos, refeitórios, o uso de EPIs, pagamento de férias e do décimo terceiro salário, houve entendimento. O sindicato patronal conta com a assessoria da Federação da Agricultura de Mato Grosso – Famato, nas negociações. Os empregados rurais estão representados por uma comissão, junto com dirigentes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura – Fetragi.