O juiz da primeira vara de Nova Mutum, Gabriel da Silveira Matos (foto), condenou os assaltantes Bruno Saraiva Mota de Souza, João da Silva, Jaquison Chaves da Silva e Wemerson Felipe Alves, que roubaram mais de R$ 700 mil do Banco do Brasil, em 9 de fevereiro deste ano. Quando somadas, as penas ultrapassam os 396 anos de prisão em regime inicialmente fechado. O quinto envolvido, Ricardo de Carvalho Souza, foi morto durante perseguição. A decisão é passível de recursos.
Os réus (confessos) estão na penitenciária Central (antigo Pascoal Ramos) em Cuiabá. O grupo alegou à Justiça a existência de pelo menos dois outros envolvidos no episódio. A versão é apurada. Já o Ministério Público alega participação de mais uma pessoa identificada como Edvalson Próspero da Silva, também denunciado. A prisão foi decretada mas o acusado está foragido.
Só Notícias teve acesso a sentença. O magistrado condenou Bruno Saraiva Mota de Souza, 23 anos, natural de Goiás, 78 anos e 6 meses de prisão em regime fechado (em razão da grave circunstância em que ocorreram os crimes e forte armamento, nos termos do art. 33, § 3º do Código Penal) e mais 1.101 dias-multa.
Para João da Silva, 42 anos, também de Goiás, as penas aplicadas foram de 91 anos e dois meses de reclusão em regime fechado (sob as mesmas razões descritas ao comparsa). Além disso a Justiça condenou-o a mais um ano de detenção e 1.234 dias-multa. Jaquison Chaves da Silva, 32 anos, também de Goiás, pegou 127 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado, mais um ano de detenção e o pagamento de 1.698 dias-multa.
Por sua vez, o magistrado condenou Wemerson Felipe Alves, 24 anos, natural de Goiás, a pena final de 100 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado além de mais oito meses de detenção e o pagamento de 1.353 dias-multa.
Todos os condenados já possuíam antecedentes criminais. Contra Bruno pesam receptação, lesão corporal. Contra João da Silva, roubo (ao Banco do Brasil no Maranhão), furto, roubo, falsidade ideológica, formação de quadrilha. Contra Jaquison, formação de quadrilha, extorsão mediante seqüestro, roubo, lesão corporal. Já Felipe, roubo, porte ilegal de arma,
Conforme Só Notícias, o bando invadiu a agência atirando. Após fazerem dezenas de pessoas reféns, criminosos conseguiram escapar levando mais de R$ 700 mil em uma fuga cinematográfica, tombando uma caminhonete no centro da cidade, queimando outro veículo na MT-249 e fugindo para uma região de mata, às margens do Rio Arinos, a 50km da cidade.
A ação criminosa mobilizou policiamento de toda região e inclusive a força tática da PM. O cerco que teve a duração de aproximadamente 10 dias acabou resultando na prisão de quatro pessoas.