Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso começam, nesta 5ª feira, nova greve para pressionar o governo a atender suas reivindicações. Eles vão se concentrar, pela manhã, em frente à Assembleia Legislativa em busca de apoio político. A paralisação das atividades no departamento e nas Ciretrans vai ser por tempo indeterminado. Com isso, haverá atrasos na emissão de documentos para veículos, novas CNHs e demais procedimentos.
Esta tarde, o líder do governo na Assembleia, Romoaldo Júnior articulou reunião com membros do governo e do Sinetran (Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso) para tentar acordo e evitar a paralisação. Mas o sindicato não recuou. A presidente Veneranda Acosta afirmou que “a última contra-proposta apresentada pelo Estado, em alguns aspectos, até piorou a elevação de rendimentos de servidores, atendo apenas os que estão em inicío de carreira, o que representa a menor parcela da categoria”.
Em junho houve greve, encerrada alguns dias depois. O sindicato aponta que, desde então, o secretário de Administração, César Zílio, não apresentou propostas para avançar nas negociações. Os servidores pedem reajuste salarial de 57% para os cargos de nível superior e 131% para nível médio, onde se enquadra a maioria dos 700 trabalhadores. Atualmente, o salário inicial é de R$ 1.253 para nível médio e R$ 2.939 para superior.
O Sinetran mostrou através de uma tabela com os cálculos feitos pelo sindicato, que a SAD se mostra intransigente com os servidores, visto que o impacto na folha de pagamento seria de apenas R$ 8, 9 milhões e apresentada por Zílio seria de R$ 6,9 milhões, uma diferença de apenas R$ 2 milhões ano ou R$ 200 mil/mês. Outra pauta reivindicada, é a garantia que será feita a discussão do Plano de Carreira de um regimento condizente com os cargos e que governo reveja a progressão de nível que atualmente é de 5% e a secretaria propôs 3,8%. Outro ponto colocado foram as divergências sobre a Lei de carreira apontadas no estudo técnico.
O sindicato aponta ainda que, dos 30% de aumento, acordados em 2008, para serem pagos até 2010, apenas 9% foram de aumento real.
A presidente do sindicato informou ainda que a decisão já foi comunicada ao presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Doía, por meio de ofício.
(Atualizada às 20h15)