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Nortão: tribunal mantém decisão para acusado de envolvimento em morte de mulher ir a júri

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Só Notícias/Herbert de Souza

 

A defesa não conseguiu evitar que um dos suspeitos de envolvimento na morte de Aline Daiane de Araújo Sena, de 29 anos, em Guarantã do Norte (250 quilômetros de Sinop), seja levado a júri popular. O advogado entrou com pedido no Tribunal de Justiça alegando indícios insuficientes de autoria para que o réu seja submetido a julgamento popular, conforme decisão da Comarca de Guarantã.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) o crime foi cometido, em maio de 2017, por três pessoas. Ainda em dezembro daquele ano, Eloir de Oliveira, 39 anos, foi sentenciado a 15 anos de cadeia, em regime fechado, pelo assassinato e por disparar contra um homem que tentou intervir na morte de Aline. A mandante, Aparecida Sebin, 38 anos, foi condenada, no ano passado, apenas pelo homicídio, a 16 anos, sete meses e 15 dias de prisão, também em regime fechado.

Para os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, o terceiro acusado de envolvimento no crime também deve ir a júri. “Em se tratando de procedimento afeto ao Tribunal do Júri, deve ser mantida a pronúncia quando comprovada a materialidade delitiva e havendo indícios suficientes de autoria ou participação, oriundos sobretudo dos depoimentos das testemunhas presenciais que estavam no bar no momento do homicídio, dentre elas a segunda vítima, que não foi atingida por circunstâncias alheias à vontade do agente, sendo, portanto, capazes de levantar juízo fundado de suspeita”, consta no acórdão da decisão.

Consta na denúncia do Ministério Público que Aparecida entrou no estabelecimento comercial acompanhada de alguns homens e passou a consumir bebida alcoólica. Passado um período, ela pediu a conta e, ao ser cobrada em um valor excedente, iniciou uma discussão com as atendentes do local e com Aline, sendo que o atrito verbal evoluiu para vias de fato entre as duas. Ao ser apartada da briga, Aparecida se dirigiu ao seu veículo ameaçando Aline de morte, com dizeres como “ainda vou dar um tiro na sua cara”.

Segundo a denúncia, Aparecida se associou a Eloir e a outro homem, sendo que esses assumiram o trabalhado para matar Aline. Seguindo o plano, horas após, no início da madrugada ele foram ao estabelecimento e simulando interesse em contratar acompanhantes, perguntaram o nome de cada uma no intuito de identificarem Aline. Ao obterem a resposta, saíram do local. Momentos após, enquanto um deles permaneceu na moto a fim de dar cobertura ao comparsa e possibilitar uma fuga rápida, Eloir voltou ao bar e, sem possibilitar qualquer defesa efetuou um disparo de arma de fogo “de cima para baixo”, vindo a atingir o rosto de Aline, que estava debruçada no balcão.

Aline Daiane foi encaminhada ao hospital local em estado grave e precisou ser transferida para uma unidade médica em Cuiabá, mas acabou morrendo após ficar três dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O corpo dela foi sepultado em Guarantã, onde os familiares residem.

Eloir e o outro acusado também foram presos pela Polícia Militar acusados de atirar contra a vítima. Na época, testemunhas informaram que o primeiro acusado chegou no estabelecimento atirando. Na sequência, subiu em uma Honda Bros pilotada pelo segundo suspeito e fugiram. No entanto, acabaram presos pouco tempo depois.

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