A população negra do Nortão corresponde a cerca de 3,82% do total de habitantes da região, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Sinop. Só no município, dos 94.490 habitantes, 2,97% são negros, ou seja, 2.810 pessoas. Em toda a regional do instituto, que compreende 17 municípios, existem 14.461 negros, do total de 378.147 habitantes.
Os municípios de Peixoto de Azevedo, Itaúba, Feliz Natal, Tabaporã e Terra Nova do Norte são os que apresentam maior índice de negros em relação ao total de habitantes. Em Peixoto de Azevedo, 10,06% da população é de negros, com 1.934 pessoas do total de 19.224 habitantes. Em Itaúba, dos 6.383 habitantes, 496 são negros (7,77%). 6,27% dos 9.132 habitantes de Feliz Natal são negros, ou seja, 573 pessoas. Já em Tabaporã, 6,45% da população é de negros, ou 1.037 do total de 16.055. E em Terra Nova do Norte, onde existem 11.846 habitantes, 5,57% são negros, o correspondente a 661 pessoas.
Os demais municípios apresentam índices aproximados de Sinop. Em Alta Floresta são 47.236 habitantes, dos quais 2.053 são negros (4,34%); Colíder tem 26.938 moradores e 1.028 deles são negros (3,81%); Guarantã do Norte tem uma população de 32.940 pessoas, sendo que 1.440 são negras (4,37%);
Neste domingo comemora-se o Dia da Consciência Negra, em todo o país. Em Mato Grosso a data foi decretada como feriado estadual e muitas comemorações são feitas em homenagem aqueles que lutaram pelo fim da escravidão no país.
A data também relembra o dia em que Zumbi dos Palmares foi assassinado. Zumbi era líder do Quilombo dos Palmares, o maior símbolo da resistência à escravidão no país. O Quilombo, fundado em 1604 por um grupo de 40 escravos foragidos de fazendas, teve seu fim em 20 de novembro de 1665, com a morte de Zumbi. Sendo adotado em 1972, pelo Movimento Negro Brasileiro, como o dia da Consciência Negra.
Simpósios, palestras, congressos e encontros marcam a data em todo o país, buscando a união de diferentes grupos sociais. E em 2003 o governo também criou a lei 10.639, incluindo o dia 20 de novembro no calendário escolar, e tornando obrigatório o ensino sobre a história e cultura Afro-Brasileira nas salas de aula. A nova lei tem como objetivo resgatar a contribuição do povo negro na área social, econômica e política na história do país.