Líderes do Movimento Sem Terra (MST) participam de uma audiência pública amanhã, em Cuiabá, com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de Brasília. Na pauta, uma série de cobranças em relação ao assentamento de duas mil famílias este ano, topografia e licenciamento ambiental e parcelamentos dos lotes para as 558 famílias, créditos para alguns trabalhadores, cestas básicas, e outros.
Desde semana passada, famílias que estão acampadas na fazenda Panorama, desde o ano passado, estão mobilizadas às margens da BR-163, a cerca de 60 quilômetros de Sinop. Por quatro dias, eles bloquearam a rodovia, impedindo vários veículos de prosseguirem viagem. O fim do movimento foi aceito após a confirmação desta audiência.
Porém, caso não obtenham respostas, podem se mobilizar novamente. “Se eles não atenderem nossas cobranças, vamos retomar nosso movimento”, declarou Marciano da Silva, integrante do MST.
As famílias ainda cobram R$ 20 milhões para infra-estrutura (abertura e recuperação de estrada, poços artesiano, rede d’água, postos de saúde, barracão comunitário) em assentamentos e reforma e ampliação de duas mil casas, além da construção de escolas.