A Companhia Paranaense de Energia (Copel), que detém a concessão para construir e operar a Usina Hidrelétrica Colíder, informou que uma reunião com o Ministério Público Estadual direcionará as soluções que deverão ser adotas em relação às reivindicações feitas por pescadores do município e região, sobre pagamento de indenizações. A reunião ainda não tem data definida, mas a empresa acredita que possa ocorrer em breve. O posicionamento partiu da assessoria de comunicação da empresa, após a mobilização de pescadores realizada em frente ao escritório da companhia instalado em Colíder, entre segunda e terça-feiras.
Na ocasião, a categoria apontou que as obras da usina já estariam comprometendo os resultados da pesca e, deste modo, influenciando na forma de sustento deles. Eles destacaram, também, que buscam há cerca um ano realizar uma reunião com a diretoria da companhia para definir questões de pagamento de indenizações, no entanto, ainda não teriam obtido respostas. Em contrapartida, a empresa apontou que as negociações com a colônia estão em andamento.
A mobilização, conforme Só Notícias informou, foi encerrada após funcionários do escritório conversarem com os manifestantes e advogados e se comprometerem em responder, em um prazo de dez dias, sobre o agendamento da reunião. Já a categoria apontou que, se isso não acontecer, medidas mais “drásticas serão tomadas”.
A usina, conforme a programação, terá barragem e demais estruturas construídas no trecho médio do rio Teles Pires, com 1.526 metros de comprimento e 40 metros de altura máxima. O reservatório terá 171,7 km² – sendo 33,8 km² a área correspondente à calha do rio e 137,9 km² de área a ser alagada. Quando pronta, terá potência instalada de 300 megawatts, o suficiente para atender ao consumo de uma cidade com 850 mil habitantes.
A usina é a mesma onde, em julho, foi registrado um deslizamento de aterro e que resultou no desaparecimento do jovem funcionário Jhonatha da Silva Santos, 18 anos. A procura foi interrompida no final do mês passado, quando a Justiça do Trabalho determinou que não poderiam ser mais utilizados maquinários da obra nas atividades de buscas. Porém, a decisão acabou revisada e a procura retomada.