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Nortão: negada substituição de testemunhas no caso da morte de prefeito

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A juíza substituta da comarca de Nova Canaã do Norte, Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, negou a substituição de testemunhas arroladas no processo da morte do ex-prefeito Antônio Luiz César de Castro, o “Luizão”, no dia 5 de agosto de 2011. O pedido havia sido feito pela defesa dos acusados de envolvimento no crime, Wanderlei Teixeira de Almeida, que está preso, e Vanildo dos Santos, que teve a prisão preventiva revogada.

A magistrada destacou que “o pedido de substituição, não apontou nenhum motivo que justificasse a excepcionalidade, neste momento processual, de modo que a decisão em sentido diverso violaria a regularidade do processo e a igualdade entre as partes, sobretudo quanto à produção das provas”. Ela lembrou ainda que “a defesa arrolou testemunhas em número menor que o determinado por lei, ou seja, cinco testemunhas para o réu Vanildo dos Santos e sete testemunhas para o réu Wanderlei Teixeira de Almeida, demonstrando desinteresse na oitiva de outras testemunhas que não as já indicadas a este juízo”.

Mesmo com a decisão, a juíza frisou valer “destacar que não há prejuízo à defesa, porquanto além de ter sido ouvida por este juízo 20 testemunhas referidas em audiência, há ainda a possibilidade de, caso seja proferida a sentença de pronúncia, as partes arrolarem testemunhas a serem ouvidas em plenário”.

Conforme Só Notícias já informou, Luizão foi executado com sete tiros de pistola calibre 380, durante uma festa de laço, em um clube de Nova Canaã do Norte, por um homem que chegou ao local encapuzado e perguntou quem era o prefeito Luizão. Em seguida fugiu em um veículo onde outro homem o aguardava.

A Polícia Civil de Mato Grosso, em operação conjunta com a polícia paulista, prendeu dois acusados de envolvimento no assassinato do prefeito. Wanderlei é acusado de coautoria no homicídio e foi preso em Diadema, em maio do ano passado, na casa de um familiar. A Polícia Civil mato-grossense estava com duas equipes em São Paulo e conseguiu pegar ele após vários meses de investigação.

Na mesma semana, em Nova Canaã do Norte, investigadores prenderam Vanildo, acusado de ajudar Wanderlei a fugir e “intimidar testemunhas”.

Segundo as investigações, a motivação seria por uma série de fatores, sendo um deles o apoio que Wanderlei deu à campanha do prefeito e também a compra de um imóvel reformado com o dinheiro do assalto ao Banco Central, que depois foi tomado pela Justiça e leiloado. O imóvel foi arrematado pelo prefeito e isso teria contrariado Wanderlei.

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