O Ministério Público Federal abriu um procedimento investigatório criminal para apurar os crimes de formação de quadrilha e estelionato no Projeto de Assentamento Itanhangá/Tapurah, alvo de investigações da operação da Polícia Federal “Terra Prometida”, deflagrada em novembro do ano passado. O procedimento corre sob segredo de justiça e não foram apontadas quais pessoas estão sendo investigadas.
Os crimes de invasão de bem da União, ameaça, crimes contra o meio ambiente, sistema financeiro e administração pública também serão apurados. A investigação foi solicitada pelo procurador Cleber Oliveira Tavares Neto, em Cuiabá, no início do mês, no entanto, a portaria somente foi divulgada ontem.
A operação foi deflagrada nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Sorriso, Tapurah e Campo Verde. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Diamantino e, dentre os alvos, estão oito servidores públicos.
Há também investigados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O inquérito policial foi instaurado em 2010, após denúncias veiculadas pela imprensa a respeito de irregularidades na concessão e manutenção de lotes destinados à reforma agrária.
Segundo a PF, no transcorrer da investigação descobriu-se uma verdadeira organização criminosa, com forte atuação na região de Lucas do Rio Verde e Itanhangá, estruturada para cometer crimes de invasão de terras do governo federal.