O júri popular de Rogério Pessoa Freira, Joab da Silva Pontes e Jiovani da Silva Lima entra no segundo dia. Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual de envolvimento nas mortes do fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, 60 anos, do filho Anderson de Lima Alfanaci, 24 anos, e dos funcionários Wilson Silveira Santiago, 25 anos, e Célio Soares da Silva. Os crimes aconteceram no dia 17 de agosto de 2012, em Novo Mundo (município vizinho de Guarantã).
Durante o julgamento, defesa e acusação tem apresentados suas teses, na tentativa de convencer os sete jurados quanto à inocência ou culpa dos réus. Devido a complexidade do caso, acredita-se que o júri dure até três dias. Pausas têm sido feita durante os trabalhos.
Conforme Só Notícias já informou, os três foram pegos poucos dias após o crime e teriam conseguido entrar na fazenda após forjarem defeito em uma das motos em que estavam. São acusados de renderem pai, filho e o funcionário Wilson. O outro empregado, Célio, teria tentado escapar, no entanto, acabou sendo morto e o corpo foi jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda.
As outras três vítimas foram levadas, na caminhonete de Antônio, a um local que seria utilizado como cativeiro. Às margens da linha Trevisan, foram obrigadas a deixar o veículo e seguir a pé, cerca de dois quilômetros, até um bananal à beira de um riacho. Ficaram deitadas de bruços enquanto os acusados pediam por dinheiro e cartão de crédito. A decisão de matar teria surgido após os suspeitos perceberem que as vítimas não tinham valores.
Após cometerem os assassinatos, os acusados ainda procuraram a mulher de Antônio para cobrar o resgate. O fato foi registrado no dia 19 de agosto, quando um deles teria enviado uma mensagem de texto por meio do celular de outro, para a namorada dizendo: "amor fala pra mãe que eu tô vivo, em breve eles entra (sic) em contato com ela só depois que não tiver polícia".
Os suspeitos voltaram a aparecer no dia 21, teriam enviado uma série de mensagens à viúva de Antônio exigindo, inicialmente, R$ 6 milhões. Posteriormente, o valor foi reduzido a R$ 3 milhões. A viúva teria pedido uma prova de que as vítimas estivessem vivas e, como resposta, os suspeitos disseram que ela teria que pagar R$ 100 mil pela informação.