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Nortão: juíza nega liberdade para acusado de matar a mulher após ver mensagens no WhatsApp

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, negou o pedido de liberdade formulado pela defesa do principal suspeito de assassinar Lucivania Maria da Silva, 32 anos, em abril, em Santa Carmem (35 quilômetros de Sinop). O advogado alegou ausência de requisitos “autorizadores da segregação cautelar” e “constrangimento ilegal pelo excesso de prazo, eis que o acusado se encontra preso há mais de 160 dias”.

Para a magistrada, no entanto, “o processo encontra-se em seu andamento regular, não havendo o que se falar em excesso de prazo, pois não se verifica nenhum atraso na marcha processual que vá de encontro ao princípio da razoabilidade tampouco que demonstre ter havido desídia por parte do Juízo, revestindo a prisão preventiva de legalidade”. Ela apontou ainda que a greve dos agentes impossibilitou o cumprimento do mandado de citação da denúncia do Ministério Público Estadual, “sem qualquer responsabilidade do Poder Judiciário”.

O suspeito, que continua detido no presídio Ferrugem, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão de condição de gênero. Ele e outras partes envolvidas no caso serão ouvidos no dia 3 de novembro, em audiência de instrução e julgamento.

Segundo informações da Polícia Militar, o homem, de 40 anos, teria deixado o município após o crime, porém, retornou para pegar alguns pertences. Quando se dirigia para uma região de fazendas, acabou preso. Um sargento da Polícia Militar disse, ao Só Notícias, que o suspeito se manteve quase o tempo todo calado. Nas poucas vezes que falou, afirmou ter flagrado conversas no aplicativo “WhatsApp” do celular da esposa e desconfiava de uma suposta traição.

Conforme Só Notícias já informou, a mulher foi assassinada com um tiro, em casa, na rua Afonso Martins, no centro de Carmem. O crime foi presenciado pelos três filhos dela. A PM também informou que o marido havia deixado o presídio sinopense depois de ficar preso por sete dias por enquadramento na Lei Maria da Penha. Lucivania foi sepultada em Santa Carmem.

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