Os índios liberaram hoje o tráfego na MT-170 que liga Juina a Cuiabá que estava bloqueada por integrantes de nove etnias, desde domingo (20). Mas, na última reunião para acabar com o manifesto, eles decidiram manter reféns, na sede da Funai de Juína, o prefeito Hilton Campos, os representantes da Funasa em Cuiabá Paulo Almeida, da Funai em Brasília Eimar Araújo, da Casa Civil Rômulo Vandôni e outras lideranças enquanto não houver soluções definitivas de suas cobranças.
O prefeito Hilton Campos e o presidente da Câmara de Vereadores Francisco de Assis Pedroso, foram liberados, nesta quarta-feira à noite. Hilton teria assinado documento, onde o município se compromete a fazer estudos que culminem com investimentos a serem feitos nas aldeias com recursos do ICMS ecológico, Juina é o segundo maior beneficiado por recursos oriundos desse imposto ficando atrás somente de Chapada dos Guimarães.Eles estariam cobrando que 20% da arrecadação do ICMs Ecológico fosse para a etnia Cinta Larga e 20% para os Ena Wene-Nawe.
Os índios não permitiram a presença da imprensa na reunião. No local, não há policiamento, somente os índios armados com arco e flechas cercam o local. Eles solicitam a presença do presidente da Funasa ( Fundação Nacional de Saúde) – órgão responsável por ações de saúde por meio do saneamento e também pelos cuidados com a saúde de comunidades indígenas.
Os índios cobram a falta de atendimento e assistência de saúde nas aldeias, nos pólos de saúde e casas de saúde indígenas da região; cobram solução para suspender a construção das Hidrelétricas no alto Juruena; a compensação dos impactos causados pela Hidrelétrica construída na reserva dos povos Cinta Largas; pedem estudo de impacto ambiental e compensação dos prejuízos causados com a construção da Hidrelétrica Dardanelos em Aripuanã e querem que a prefeitura de Juina aplique diretamente nas aldeias 40% dos recursos do ICMS Ecológico.
(Atualizada em 22/05 às 07:58hs)
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