sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Nortão: índios ‘fecham’ rodovia e podem derrubar torres energia

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Um grupo de cem índios das etnias Ena Wene-Nawe, Rikbaktsa, Cinta larga, Arara, Myky, Irantxe, Kayabi, Apyaka e Mundurucu iniciou, hoje de manhã, bloqueio na ponte do Rio Juruena (60 Km de Juína), na rodovia MT-170, onde montaram duas tendas, e só liberam a passagem de ambulâncias. O tráfego na rodovia de acesso a 6 cidades está interrompido. Os índios dizem que, se em oito dias suas reivindicações não forem atendidas, podem derrubar as torres de transmissão do sistema Nacional de energia interrompendo o fornecimento para Juína e região. “Se nesse prazo não atender nossas solicitações, iremos derrubar e botar fogo nas torres de energia que passa pelo Rio Juruena e que abastece as cidades”, afirmam no documento.

A ameaça é por não terem sido atendidos pedidos feitos há vários meses. atendimento e assistência de saúde nas aldeias, nos pólos de saúde e casas de saúde indígenas da região e solução para suspender a construção das PCH’S (pequenas centrais hidrelétricas) no alto Juruena. Outra cobrança é na compensação dos impactos causados pela PCH Juina e Rede Cemat construída na reserva dos povos Cinta Largas.

Os índios pedem ainda estudo de impacto ambiental e compensação dos prejuízos causados com a construção da Hidrelétrica Dardanelos em Aripuanã. Também querem que a prefeitura aplique diretamente nas aldeias 40% dos recursos do ICMS Ecológico.

Para negociar, as tribos solicitam a presença de representantes da Funasa, Empreendedores das empresas de energia, Sema, Ibama, Funai (setor de meio ambiente), Ministério Publico Federal de MT, Governo do Estado além dos prefeitos de Sapezal, Comodoro, Juína, Aripuanã, Juara, Brasnorte e Cotriguaçú.

O prefeito de Juína, Hilton Campos (PR), esteve no local, mas por precaução não se aproximou dos índios. “Não tive contato com eles porque, com certeza, ficaria detido”, disse, à Rádio Educadora de Juína. Quanto ao ICMS Ecológico, o prefeito explica que o problema é da Funai. “Juína pagaria mais ou menos R$ 55 mil por mês e isso pesa na balança”, completou.

A prefeitura deve pedir ao Judiciário a desobstrução da rodovia e algumas cargas de produtos perecíveis estão às margens da rodovia.

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