Há três dias as equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estão tentando controlando um incêndio de grande proporção em uma propriedade particular no município de Marcelândia. Em razão do agravamento das previsões climáticas para Mato Grosso como o forte calor e baixa ocorrência de chuvas, foi antecipado o período proibitivo das queimadas no Estado, que começou a vigorar no dia 8 de julho. A proibição segue até o dia 15 de setembro, podendo ser prorrogada em razão das condições climáticas.
Para combater os focos de incêndios florestais em Mato Grosso, está em andamento a segunda etapa da operação ‘Fora Fogo”. Desde o dia 12 de julho, equipes compostas por fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), homens do Corpo de Bombeiros Militar e agentes da Defesa Civil estarão percorrendo municípios das regiões Araguaia e Norte do Estado realizando fiscalização, prevenção e educação ambiental.
As equipes dos respectivos órgãos estão realizando rondas de fiscalização, vigilância, monitoramento e combate a incêndio na região do Vale do Araguaia, Marcelândia, Cláudia, Brasnorte, Juína e região.
Os municípios foram escolhidos por apresentaram maiores índices de focos de calor no primeiro semestre deste ano, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Estão sendo realizadas rondas de vigilância, por meio de patrulhamento terrestre e também com apoio de um helicóptero nos municípios citados, ações preventivas e de fiscalização. As equipes também estão coletando dados para subsidiar os diagnósticos relativos às ocorrências de incêndios florestais no Estado, bem como orientando moradores quanto à importância do não uso do fogo para limpeza de quintais, tanto nas áreas urbanas quanto rurais.
DADOS – De 1º de janeiro a 5 de julho deste ano foram registrados 62.032 focos de calor no Brasil, conforme dados do INPE. Apenas em Mato Grosso foram registrados 15.368 focos de calor, o que corresponde a 24,77% dos números detectados. Um aumento significativo de 65,80%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Este ano já foram registrados no Estado pelo menos quatro grandes incêndios: um no morro Quebra-Gamela, em Chapada dos Guimarães, outros dois na região de Nobres e o último no Monumento Natural Morro de Santo Antônio do Leverger.
CRIME AMBIENTAL – Quem for pego ateando fogo durante o período proibitivo de queimadas no Estado pode receber multa que varia de acordo com a área atingida – de mil reais por hectare nas áreas abertas a 1,5 mil reais por hectare nas áreas de floresta -, além de correr o risco de ser detido e responder por crime ambiental. Nesses casos a detenção pode chegar a quatro anos, conforme estabelecido na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.