Polícias da região Norte devem encontrar dificuldades para aplicarem com rigor as determinações da Lei 11.705, ou ‘lei seca’, que proíbe motoristas de dirigirem com percentual de álcool acima de dois decigramas por litro de sangue. O motivo é simples, já que faltam equipamentos próprios para realizar a fiscalização, como bafômetros. Recentemente o Departamento Estadual de Trânsito anunciou que 20 aparelhos seriam comprados e distribuídos entre os batalhões da Polícia Militar em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Tangará.
Entretanto, em outras cidades, os trabalhos continuam sendo feito baseado em constatações, entre elas a visual. O comandante regional de Alta Floresta, tenente coronel Sérgio Conezza disse que a polícia se adequará a lei federal, mesmo assim, deixou claro que será difícil seguir a risca. “Sem bafômetro é impossível”, declarou em entrevista ao Jornal da Cidade.
Conezza ressaltou que motoristas em visível estado de embriaguês vem sendo autuados, e podem ter a carteira de habilitação cassada além de pagarem multa de R$955 e ser detido. A medida do Governo vem alvo de críticas, principalmente de proprietários de estabelecimentos comerciais que dependem da venda de bebida para funcionar, como bares, lanchonetes, entre outros.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o faturamento dos bares em todo o Brasil diminuiu cerca de 30 a 45% após o início das fiscalizações.
Em Sinop, foi dada a ordem de serviço para compra do equipamento, a ser utilizado pela Guarda Municipal de Trânsito.