sexta-feira, 26/julho/2024
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Nortão: empresas estão omitindo dados dos acidentes de trabalho

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Em tempos em que a segurança do funcionário no exercício das funções tem sido cobrada pelas entidades representativas, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Construção e Mobiliário aponta para uma realidade preocupante: empresas estão omitindo os casos de acidentes de trabalho. A entidade não dispõe de dados oficiais que indiquem a realidade, isto é, quantos foram verificados ao longo dos últimos anos entre as cidades de Sinop, Cláudia, Itaúba, União do Sul, Santa Carmem pelo fato de não ter havido comunicações desta natureza. Segundo o presidente da entidade, Eder Pessine, as maiores problemáticas ocorrem no setor da construção civil.

“Infelizmente, a maioria das empresas que presta serviço é de fora e deixa na mão de encarregados. Às vezes, quando ocorre um acidente preferem omitir”, declarou Pessine, ao Só Notícias. “Preocupa porque vários trabalhadores ficam desamparados. Até ele conseguir o benefício demora”, complementa Eder. Somente em Sinop, em 2009, mortes por acidente de trabalho foram verificadas. Entre elas a do pedreiro Adriano da Silva Rego, 28 anos. Ele trabalhava na obra de um prédio entre as ruas Azaléias e Amendoeiras. Estava num andaime quando despencou de uma altura aproximada de dez metros.

Às estatísticas acrescentam-se também outras mortes, desta vez ligadas ao setor madeireiro. Em fevereiro, Alex Alves de Lima, 22 anos, morreu esmagado por uma tora. Ele e o pai desamarravam o cabo de aço de um caminhão no bairro Jardim Lisboa, quando uma tora se desprendeu.

Em novembro, a vítima foi caminhoneiro Martin Bachtold, 25 anos, atingido por uma tora, que caiu do caminhão. O fato ocorreu no pátio de uma empresa, na estrada Jacinta, bairro São Cristovão. Pessine diz que embora alguns empregadores tenham consciência de suas obrigações, outros não agem da mesma forma.

Em Mato Grosso a meta lançada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego é reduzir em 30% as ocorrências fatais até 2011. No período entre 1997 e 2006, o Estado teve a maior taxa média de mortalidade específica por acidentes, calculada pelo número de óbitos notificados de trabalhadores segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social sobre o total de segurados.

Enquanto a média nacional do período foi de 14,68 mortes por 100 mil segurados do INSS, Mato Grosso apresentou uma média de 47,26 mortes por acidente do trabalho por 100 mil segurados. No ano de 2007, morreram 143 trabalhadores em acidentes do trabalho notificados no estado.

O transporte rodoviário de cargas se destaca como o ramo de atividade econômica com o maior número de mortes, seguido dos setores agropecuário e madeireiro.

 

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