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Nortão: desmates citados por INPE estão 100% errados, diz Sema

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A Secretaria Estadual de Meio Ambiente voltou a contestar os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre desmatamentos na região Norte de Mato Grosso.
Todos os pontos identificados como desmates recentes são antigos, fruto de interpretação equivocada das imagens de satélite ou mesmo inexistentes, aponta parecer de equipe de fiscalização enviada a campo pela SEMA. A varredura em Marcelândia (apontado como o líder do ranking de derrubadas na Amazônia nos último semestre de 2007) foi concluída ontem, informa a Folha de São Paulo.

Outras 47 equipes continuam verificando os dados em municípios do norte do Estado.
Em Peixoto de Azevedo, que também integra a lista dos 36 maiores devastadores da floresta, todos os pontos de possíveis desmates recentes também foram descartados.
Foram 79 locais verificados nos dois municípios e maior parte das áreas, de acordo com a Sema, teve queimadas. Outras já haviam sido contabilizadas como abertas em anos anteriores. E houve casos em que imagens da ação de uma praga de pastagens-a cigarrinha- foram interpretadas como sendo novas derrubadas.

“Essa foi a realidade em 100% dos pontos. Não encontramos nenhum desmate que tenha ocorrido no último trimestre”, disse o assessor técnico florestal da secretaria, Geraldo Ribatski. Segundo ele, o sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) indica apenas mudanças na cobertura do solo. O técnico explicou que se houve um incêndio as folhas caem e o satélite que identificada uma cobertura verde aponta que houve uma modificação, mas que não significa desmatamento.

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