O clima seco, aliado a baixa umidade relativa do ar, estão ligados diretamente aos registros de queimadas urbanas nas cidades da região Norte. Diariamente, bombeiros são acionados para atenderem registros desta natureza. O total de chamadas varia, mas entre os municípios, a população sente os efeitos. As causas muitas vezes não são descobertas, mas apontam para atos criminosos.
Em Sinop, segundo o 4ª Batalhão de Bombeiros, diariamente são mais de cinco comunicações, a maior parte relativa ao perímetro urbano. A prioridade é combater focos que ameacem áreas residenciais. Na Polícia Civil, nas últimas semanas, vítimas registraram boletins de ocorrência relatando prejuízos.
Em Sorriso, conforme a 10ª Companhia Independente, o número é inferior, entretanto, são cerca de três a quatro denúncias, a maioria de queimadas urbanas, cuja realização é proibida durante o ano todo. Poucos casos mensuram em fazendas, chácaras, entre outras propriedades da área rural. Em Alta Floresta, Só Notícias apurou que a situação também não é diferente e a média é praticamente igual a de Sorriso.
Desde o último dia 15, a prática foi proibida em Mato Grosso até 15 de setembro. O prazo pode ser prorrogado dependendo das condições climáticas. Nesse período, as queimadas estão totalmente proibidas e, quem descumprir a norma, está sujeito a multas.
Além de responder administrativamente, com multas que variam de R$ 1 mil, por hectare, nas áreas abertas até R$ 1,5 mil por hectare, nas áreas de floresta, quem for pego responde também criminalmente. Autorizações podem ser emitidas para queima da cana, entretanto, deve-se obedecer os critérios impostos pelos órgãos de preservação ambiental.