A população de Nova Canaã do Norte (230 km de Sinop) acompanha, neste momento, um júri popular que ficará na histórica do município. O empresário Wanderlei Teixeira de Almeida, 45 anos, e Vanildo dos Santos, 40, estão sendo julgados por envolvimento no assassinato do prefeito Antônio Luiz César de Castro, o Luizão. Eles foram denunciados pelo Ministério Público. Wanderlei foi recambiado do presídio de Sinop até Canaã e chegou sob forte escolta policial. Vanildo responde em liberdade.
Muitos pessoas que estão, na câmara, onde ocorre a sessão de jugalmento, vestem camisetas pretas com frases pedindo justiça. A previsão é que a decisão saia à noite.
A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade preside a sessão. A acusação será dos promotores Eulália Natália Silva Melo e Frederico César Batista Ribeiro. A defesa é feita por Paulo Rogério de Oliveira e Jaime Rodrigues de Carvalho Filho.
Conforme Só Notícias já informou, o crime ocorreu em 2011, no estabelecimento conhecido como ‘Pista de Laço’. O prefeito foi morto com seis tiros, à queima roupa, quando saía de uma festa. O assassino, que usava um capuz, ainda não foi identificado, mas Wanderlei foi apontado como o mandante do homicídio. Vanildo é acusado de coação de testemunhas e de ter colaborado para a fuga de Wanderlei.
De acordo com a acusação, Wanderlei teria mandando matar Luizão depois que ele adquiriu, através de um leilão realizado pela Justiça Federal do Ceará, um imóvel comercial, que supostamente pertencia ao irmão do suspeito, que é apontado pela polícia como um dos “mentores intelectuais” do assalto ao Banco Central, no ano de 2005 em Fortaleza (CE). A justiça considerou que o prédio foi comprado com o dinheiro do assalto e o colocou em leilão.
Desde que comprou o imóvel, o prefeito teria sido ameaçado por Wanderlei. Em 6 de abril de 2010, Luizão fez representação contra Wanderlei, alegando ter sido ameaçado ao tentar negociar e repassar o imóvel para outra pessoa.
A denúncia do MP aponta que Wanderlei contratou uma terceira pessoa para cometer o crime. Três dias depois, com o auxílio de Vanildo dos Santos, ele fugiu para Sinop e, de lá, a São Paulo, onde foi preso na cidade de Diadema.
Atualmente, Wanderlei está preso em Sinop, no Ferrugem. Já Vanildo, teve a prisão revogada há um ano e responde o processo em liberdade, pelo crime de coação e favorecimento pessoal.
Foi feito um credenciamento para quem deseja assistir o júri, sendo que apenas 100 lugares foram disponibilizados.
(Atualizada às 09:11h)