O delegado de Polícia Civil em Cuiabá Marcio Pieroni vai continuar preso. O Tribunal Regional Federal negou, hoje, o 4º pedido de liberdade para o delegado, que é acusado de tumultuar a instrução de um processo criminal sobre o assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, ocorrido em 1999. O delegado, preso desde 9 de maio, por determinação judicial, foi afastado administrativamente do cargo pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso.
O Ministério Público Federal (MPF) acusa o delegado, o empresário Josino Guimarães e outras três pessoas acusadas de participar “da farsa” na morte do juiz. O MPF constatou que houve a “montagem de um simulacro de investigação paralela comandada pelo delegado Pieroni para tentar levantar suspeitas das provas que subsidiam o processo judicial, em trâmite na Justiça Federal, no qual Josino Pereira Guimarães será julgado em breve por um júri popular pelo assassinato do juiz Leopoldino”. Aponta que, “para iniciar a investigação paralela, Pieroni relatou perante o Juizado Especial Criminal da Comarca de Cuiabá a existência de um falso crime de ameaça. O objetivo era plantar dúvida sobre a morte do juiz, afirmando que ele estaria vivo e morando na Bolívia.