Enquanto o cenário de seca apresenta uma redução geral na severidade em todo o país, o município de Nova Guarita (200 quilômetros de Sinop), permanece como a localidade mais crítica do Brasil, sendo a única a registrar condição de seca extrema no período de três meses encerrado em agosto de 2025. O dado foi divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) com base no Índice Integrado de Secas (IIS).
A persistência da seca extrema no norte mato-grossense contrasta com a tendência nacional de melhora. No recorte de três meses, a seca severa no país caiu de 148 para 109 municípios, e a seca fraca reduziu de 2350 para 2010. No entanto, Nova Guarita se mantém em situação excepcionalmente crítica, sem que tenha sido registrada a categoria mais grave, a seca excepcional, em nenhum local do território nacional.
Segundo o Ministério, a região central do país, que inclui o Mato Grosso, continua concentrando as áreas mais críticas de seca. O agravamento localizado da seca extrema é confirmado também pelo monitoramento em assentamentos rurais, que registrou um aumento de 37,5% nesta categoria, situação descrita como especialmente crítica no estado do Pará e na região norte do Mato Grosso.
Por outro lado, em termos gerais, o relatório aponta uma atenuação da seca. No recorte de 6 meses, os casos de seca extrema deixaram de ser registrados (de 3 para 0) e a seca severa caiu de 587 para 460 municípios. As projeções para o final de setembro de 2025 indicam uma continuação desta tendência de redução no número de municípios com seca moderada a extrema.
De forma paralela, observou-se uma redução no número de áreas indígenas potencialmente afetadas por seca de intensidade moderada a extrema e uma queda de 15,9% no número total de assentamentos rurais em condições de seca, embora com o agravamento pontual já citado. O monitoramento avalia especificamente os desvios em relação às condições consideradas normais para o período de estação seca.
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