A operação Três Fronteiras, desencadeada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Colniza (700km de Sinop), aplicou cerca de R$ 5,2 milhões em multas ambientais em fazendas e madeireiras. A ação é parte integrante da Guardiões da Amazônia, do Ibama, em conjunto com a Arco de Fogo da Polícia Federal. Nos dez dias de inspeções in loco, os agentes e policiais constataram que em muitas propriedades a área desmatada corresponde a cerca de 80%, muito superior aos 20% permitido na atual legislação.
A fiscalização atua em duas frentes, no campo, vistoriando áreas de queimada e desmatamentos indicados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e, indústrias madeireiras. O helicóptero do órgão leva os agentes até as áreas mais distantes, na zona rural de Colniza e de outros municípios. Um total de 1,5 mil hectares foram embargados, duas madeireiras autuadas por não comprovar a origem de parte dos estoques ou comercializar madeira sem licença e, três caminhões com 80 metros cúbicos de madeira em tora foram apreendidos por transporte sem guia florestal ou em desacordo com o documento.
Paralelamente às atividades de fiscalização, uma equipe de educação ambiental realiza palestras em comunidades, assentamentos e para produtores rurais. Cerca de 50 comunidades receberão informações sobre questões ambientais ligadas diretamente às atividades de quem lida com terra e com os recursos naturais.
O município faz fronteira com os estados do Amazonas e de Rondônia. Agentes do Ibama, da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e do Exército estão envolvidos na ação, além do Núcleo de Operações Aéreas do Ibama (NOA). Listada como um dos 36 municípios responsáveis pela metade do desmatamento ilegal na Amazônia, Colniza lidera os 19 municípios do Mato Grosso onde, segundo o Inpe, houve aumento das derrubadas no ano passado.