Uma campanha pretende arrecadar leite materno para os recém-nascidos Isaac, Samuel, Ester e Benjamin. Eles são filhos da auxiliar administrativa Rosângela Garcia Mota, 38 anos, que perdeu a vida após dar à luz aos quadrigêmeos, no último sábado (7), em uma clínica particular de Cuiabá.
Segundo os familiares, ela se submeteu a uma fertilização artificial para engravidar e teve uma gestação normal. Após a cesárea, apresentou complicações e hemorragia sendo necessário voltar a sala de cirurgia para estancar o sangramento. Posteriormente, foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas faleceu 12 horas após o parto.
Ao MidiaNews, uma das médicas que participou dos partos, Vanessa Villas Boas, os bebês nasceram “melhores do que esperado”, em vista de serem prematuros de 31 semanas. O ideal seria nascimento a partir de 38 semanas.
De acordo com a médica, os bebês vão permanecer em incubadoras pelos próximos 30 dias para ganhar peso. Para isso, é necessário o leite materno, único alimento que os recém-nascidos podem consumir. “Para o prematuro, receber leite materno é questão de vida ou morte. Leite materno para bebês extremamente prematuros como eles determina maiores chances de eles sobreviverem. Porque, apesar de estarem bem, eles precisam do leite materno para vencer infecções. Então, eles não podem receber leite artificial agora”.
Devido a isso, a família iniciou uma campanha para a arrecadação de leite materno. As mães interessadas em realizar a doação devem ir ao Hospital Femina com a sorologia – exames de sangue feitos durante a gravidez – em mãos. “Elas têm que ir lá ao hospital, pois não pode levar o leite já ordenhado. Tem que ordenhar lá porque o local é todo esterilizado e o material, também. O horário máximo de realizar as doações é até as 16h30”.
