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MT faz parte da rota do tráfico de pessoas, aponta debate em audiência

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O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Márcio Dorilêo, participou, ontem, de audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa para discutir o tráfico de pessoas. Ele esteve ao lado dos coordenadores do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: o secretário adjunto de Direitos Humanos, Zilbo Bertoli Júnior, a tenente-coronel da Polícia Militar Rosalina Gomes de Pinho e o servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Daniel Almeida de Macedo.

O crime organizado transnacional, que encontra nas mulheres e crianças suas principais vítimas, tem recebido atenção especial do governo, pois Mato Grosso é uma dos principais rotas e destino das vítimas deste tipo de crime. Recentemente, a região fronteiriça de Cáceres foi escolhida pelo pesquisador Maurício Rebouças para coleta de dados e informações sobre o tráfico de pessoas – o município é rota de migrantes estrangeiros, especialmente haitianos. O estudo revelou um cenário de carência socioeconômica, além da necessidade de implantação imediata de políticas públicas voltadas para a proteção e assistência à mulher.

A tenente coronel Rosalina falou sobre a condição de vulnerabilidade destes migrantes, dificuldades com o português, poucos recursos financeiros e falta de documentos os tornam mais suscetíveis ao tráfico. “O tráfico de pessoas ocorre, geralmente, por que a vítima procura uma melhora na qualidade de vida. Ela procura – seja por ambição, ou por um sonho, ou por uma visão de que aquela proposta possa contribuir para a uma vida melhor, ela acaba aceitando uma proposta que na verdade é fantasiosa e quando ela depara com a realidade percebe que foi enganada, que está numa situação de exploração”.

A coordenadora do Cetrap informou que o Comitê trabalha no sentido de esclarecer a população acerca das características do trabalho executado pelo Cetrap. Já o deputado Wilson Santos destacou que propôs a audiência visando discutir as formas de prevenção, assistência e combate ao tráfico de pessoas.

O parlamentar disse que a atual legislação brasileira não permite a punição em caso de outras formas de exploração associadas ao tráfico humano, como a exploração da mendicância, além dos diferentes papéis desempenhados pelos diversos atores na cadeia das organizações criminosas. “O tráfico de pessoas exige uma atuação firme e comprometida de todos; não se pode permitir que criminosos continuem aproveitando da boa-fé dos cidadãos, por meio de falsas promessas de emprego ou da esperança em uma vida abastada, para explorá-los”, afirma.

O titular da Sejudh tem reiterado que o governo de Mato Grosso busca combater o crime e conscientizar a população. “O tráfico de pessoas movimenta muito dinheiro e deve ser combatido. É essencial que o tema seja parte do dia-a-dia. Vamos integrar todas as forças para combater esse crime”.

“O tráfico de pessoas é uma realidade e a população deve tomar ciência deste tipo de crime, e foi fundamental a participação da população na audiência pública, pois a opinião de todos os cidadãos mato-grossenses é muito importante”, analisou Zilbo Bertoli Júnior.

Proposto pelo deputado estadual Wilson Santos, o debate contou ainda com a presença de membros do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Cetrap), Polícia Federal (PF), Polícia Judiciária Civil (PJC), Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e Defensoria Pública.

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