Uma verdadeira operação de guerra está sendo montada para combater as queimadas este ano em Mato Grosso. Para se livrar do título de campeão, será o único estado da Amazônia Legal a ter durante o período proibitivo, que começa no próximo dia 15 e vai até 15 de setembro, 6 aeronaves com capacidade de carregar 1,5 mil litros de água cada uma, disponibilizadas pelo Governo Federal. A idéia é impedir que os incêndios florestais, como o ocorrido no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, em 2007, voltem a se repetir. A informação é do coordenador do Comitê de Gestão do Fogo, major Héctor Péricles.
Três aviões ficarão sediados na região de São Félix do Araguaia (1.110 km de Cuiabá) e o restante em Sinop. As regiões escolhidas foram as que mais apresentaram número de focos no ano passado. Haverá ainda nas operações cinco helicópteros, sendo 4 do Exército e um do governo do Estado.
Dentre os mais de 40 parceiros que constituem o Comitê estão o Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Militar e Ministério Público Estadual. O Ibama disponibilizará entre 500 a 800 brigadistas e o Estado, 200 homens, 10 caminhonetes, 4 carros e o repasse de equipamentos de combate ao fogo para todos os parques urbanos. Ao todo o Estado vai investir R$ 6 mi em combate. O recurso vem de parte das multas aplicadas em 2007. Para se ter uma idéia do problema, naquele ano foram verificados 8.751 focos, de um total de 17.349 detectados em 2007.
“A fiscalização deste ano será altamente repressiva”, promete o major. Ele acrescenta ainda que até 15 de julho está sendo realizado uma forte fiscalização preventiva com a Operação Arco de Fogo e os Guardiões da Amazônia e também Educação Ambiental junto aos proprietários rurais. Então, quem queimar quando isso não puder ser feito, será punido com rigor. A multa por hectare de queimada em área aberta é de R$ 1 mil e para área de florestas é de R$ 1,5 mil. Se as infrações forem cometidas no período proibitivo, o infrator também pode ser preso por até 5 anos.