Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) desbloquearam, por volta das 11h, a BR-364 no km 200, em Rondonópolis, próximo a um viaduto. Já no outro ponto da BR-364, no km 328, na Serra de São Vicente (saída de Cuiabá para Rondonópolis) não foi informado se o protesto continua. Já na BR-070, em Cáceres, nas proximidades da ponte sobre o rio Paraguai, a Polícia Rodoviária Federal informou que o tráfego não foi liberado. No entanto, o manifesto deve retornar às 14h, onde foi liberado
Os sem terra bloqueiam, desde às 6h, esses três trechos das duas rodovia. Agentes estão nos locais coordenando o trânsito e tentando contornar a situação. Apenas viaturas policiais e ambulâncias estão autorizadas a passar.
Uma das principais cobranças do movimento é a agilização da reforma agrária com o assentamento de mais de 10 mil famílias que estão acampadas no Estado. A PRF já havia sido comunicada dos bloqueios no final de semana.
Além disso, em comunicado, os manifestantes tecem críticas ao agronegócio e também ao governo. “Enquanto o governo investe no agro e no hidronegócio a agricultura familiar e camponesa, os povos indígenas e comunidades tradicionais perdem territórios e direitos. Mesmo assim quase 80% da alimentação consumida no Brasil é produzida pela agricultura dos pequenos, segundo senso do próprio IBGE, preserva o meio ambiente e gera emprego”.
Eles aponta ainda que o agronegócio “não produz alimentos e sim produtos para exportação, para nós só fica a degradação do meio ambiente e as doenças causadas pelo excesso de consumo de veneno; o Brasil é Campeão mundial no consumo de agrotóxico, consumindo uma média de 5,2 litro/ano e Mato Grosso é campeão brasileiro com um consumo médio de 32 litros/ano”.
(Atualizada às 11h20)