O Ministério Público Federal abriu inquérito para avaliar o cumprimento das condicionantes das Licenças Prévia, de Instalação e de Operação, referentes ao processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica Teles Pires, que vai ser construída na divisa de Paranaíta com Jacareacanga (PA). Tratam-se entre outros processos, das ações de mitigações dos impactos que a obra vai causar. Em agosto, a Companhia Hidrelétrica Teles Pires, detentora da concessão requereu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente a Licença de Operação. Não prazo para manifestação.
A usina será a maior do complexo Teles Pires, com capacidade instalada 1.820 megawatts (MW) de potência. A concessionária aponta que empreendimento aponta que o reservatório ocupará áreas dos dois municípios próximos ao empreendimento. No Pará, 16% de Jacareacanga e em Mato Grosso, 84% do município de Paranaíta. “O lago formado pela barragem terá cerca de 70 km de comprimento no Rio Teles Pires e ocupará uma área de 150 km², com um espelho d’água de 135,6 km² e uma área inundada de 95,0 km², o que equivale a 0,052 km² por megawatts gerado de área inundada”. É destacado ainda que toda energia gerada seguirá por uma linha de transmissão de uso restrito, de 7,5 km, que se conectará na SE Coletora Norte.
A conexão ao Sistema Interligado Nacional – SIN, será através de uma linha de transmissão de 500 KV, que terá seu ponto de conexão ao SIN na SE Ribeirãozinho no estado do Mato Grosso, divisa de Goiás. Aproximadamente R$ 4 bilhões são investidos na usina, cuja expectava para ficar pronta é em 2018.